30 de maio de 2010

'MARÉ ALTA' MAIS RESPINGOS DE MEMÓRIA




Fazendo uso de um oportuno vocábulo, como vítima que fui, de uma diáspora involuntária, com muito apego compareço ao NB para oferecer aos meus considerados conterrâneos, aquilo que pelo menos o indelével destino me permitiu abarcar: Um sublime quanto simplório dom da palavra escrita, aperfeiçoada na raça da disponibilidade do tempo, facultado a um aposentado...

Mas... Com um pedido de desculpa pelos meus devaneios, devo dizer que já havia desenvolvido uma outra matéria dentro da série “recordações de longínquo passado”, quando me deparei, positivamente surpreso, com os comentários que permearam o texto anterior.

A indústria do ti Manel da Barroca, foi para mim um pedaço da vida, para sempre guardado num cantinho do íntimo baú da minha memória infanto-juvenil. Pedaço, ora ainda mais enriquecido com os comentários recebidos, que estão a exigir de mim, uma entrega ainda maior na medida em que me apercebo serem tais escritos, fontes de boas recordações também para meus conterrâneos. Faço disto uma forma de humilde retribuição àquilo que o meu Bustos me concedeu: Uma infância e entrada de adolescência, cheia de beleza, vida e alegria a correr pés descalços pelos caminhos estreitos dos campos sublimarmente verdes quanto floridos, como usuário inconsciente de uma liberdade não concedida, indiferente e imune às terríveis conseqüências de um mundo insano a se violentar numa guerra fratricida ( 2ª grande guerra de 37 a 45).

Confesso que os comentários referidos mexeram muito com o meu emocional de gratidão, que logo me conduziu aos escritos do NB, idos de março de 2006. Em alguns dos textos ali impressos, eu consegui reencontrar-me com uma porção de flexíveis acontecimentos que me auguraram novas e gratas recordações...

Quase que simultaneamente à contratação daquele senhor profissional de fundição mencionado na matéria anterior, ti Manel da Barroca buscou igualmente um outro profissional, este, como torneiro mecânico, meu mestre. Oriundo dos lados de Aveiro - creio que de Ílhavo - ao contrário daquele outro contratado que se fixou em Bustos, meu referencial tutor de tornearia mecânica, vinha para o trabalho todos os dias (ou quase todos), na camioneta da carreira. A atenção deste mestre, para comigo um adolescente, mostrou grande dose de psicologia nata, na forma carinhosa com que ia me ensinando os segredos da profissão. Mas, a boa e saudosa amizade deste inesquecível tempo, foi o Abel Serralheiro. Este amigo, alguns anos mais velho que eu, foi para mim, um grande incentivo. Ele entrara para a empresa algum tempo antes de meu ingresso e já dominava muito bem a técnica da máquina. Acho que a grande amizade que logo se estabeleceu entre ele e o mestre, somada à sua prática de serralheria de bicicletas de seu pai, o Antoino Serralheiro e seu irmão Manele, facilitaram-lhe o aprendizado. E, nosso bom relacionamento que já vinha do tempo de consertos das bicicletas da família, fortaleceu-se mais ainda, neste alvissareiro coleguismo.

Ao tempo de minha chegada às indústrias do ti Barroca, foi comprado um novo torno de dimensões menores que o primeiro lá existente, no qual Abel se fixou. E eu, aprendiz, transitava pelos dois, absorvendo com muito interesse e motivação as boas lições práticas do ofício. Nossa amizade foi de tal monta estreita, que proporcionou de minha parte, alguns favores extra-oficio ao saudoso Abel, no universo de seus amores escondidos, posto que fui feito discreto e confiável portador de incontáveis bilhetinhos amorosos que mais tarde levaram aquele companheiro amigo, ao altar de sacramentado casamento.

Como medalha deste tempo feliz, mantenho como centelha presente, uma boa cicatriz em dedo da mão direita, oriunda dos considerados acidentes do trabalho, que levou quatro pontos delicadamente (ai que dor...) aplicados pelo doutor Vicente.

Minha memória de sessenta anos atrás, algumas vezes se parece com imprevistas falhas de energia elétrica onde a lâmpada pisca, pisca, mas nos mantém às escuras: Seria este meu grande mestre de torneiro, o Alberto, citado por seu filho, num dos comentários?

A menção da serralheria de bicicletas, localizada naquele universo do Clube de Bustos, trouxe-me igualmente à lembrança, acirradas “peladas” (jogos de bola) entre moleques que apareciam por ali, naquele pedaço de espaço livre, em frente à principal porta de entrada (e saída) do salão do clube. Incentivados pelos freqüentadores do local e sob a inspiração de Manel Serralheiro, a infantil malta se organizava formando dois times: os canecas e os gavetas. Normalmente eu liderava o grupo dos gavetas, enquanto meu amigo e companheiro de carteira na escola, Arcilio da ti Isaura, comandava a equipe dos canecas.
Deixando a modéstia de lado, o número de vitórias dos gavetas foi muito maior do que as esporádicas vitórias dos canecas...

Também, pudera! A torcida dos gavetas, sob o comando dos Serralheiros, ferrenhos torcedores dos gavetas, fazia uma boa diferença! Muitas vezes o jogo da bola só acabou com o estilhaço de um vidro daquele redondo do café, explorado por Manel da Caneira. E foi essa prática do jogo da bola de rua, que anos mais tarde, aqui no Brasil, quase me levou ao futebol profissional. A coisa só não se consumou devido às intempestivas quanto determinantes observações diuturnas de meus pais:
- Tustás loco? Onde jássebiu, óome!... Jogadoire de futbole é prufssão debagabundos!

Concluo mais este vislumbre de memória com uma curiosidade: Algumas semanas após minha chegada ao Brasil (novembro/dezembro de 51), Manoel Vieira, então morando em São Paulo, passou por casa e me levou, pela vez primeira, para ver um jogo de futebol no Pacaembu*, entre a Portuguesa de Desportos (time da colônia) e Santos. A portuguesa perdeu de 2 a 1. E eu fiquei para sempre, um afeiçoado torcedor do Santos Futebol Clube, o time do surgido mais tarde, rei Pelé.
* Pacaembu, era àquele tempo, o principal estádio de São Paulo e o segundo mais importante do Brasil (o mais importante era o Maracanã, palco de triste memória na Copa de 1950 realizada no Brasil).

Em tempo: Devido a alguns “probleminhas” técnicos estou sem prestar minha colaboração ao blog devaneios que mudou para aqui ou http://www.devaneios-atuais.blogspot.com/

Dentro de alguns dias, ora reconvidado, voltarei a colaborar com o mesmo.
Aristides Arrais

29 de maio de 2010

TROVISCAL (dia 30 de Maio) - BANDA APRESENTA CD NA ASSEMBLEIA REPUBLICANA


A UNIÃO FILARMÓNICA DO TROVISCAL dá concerto na apresentação de CD.
Amanhã, Domingo - 30 de Maio'2010
Pelas 16H00 - Assembleia Republicana do Troviscal.
Traga um Amigo

QUANDO BUSTOS TINHA VIAS FLUVIAIS

O recente texto de Arsénio Mota,”Bustos teve vias fluviais”, é uma boa justificação para publicarmos alguns mapas onde se pode ver a evolução do nosso litoral e a forma como a progressão da barra de Aveiro, em curto espaço de tempo, alterou significativamente a paisagem e todo o meio ambiente. Em grande medida tudo se deve à construção da “barra nova”, em 1808, que fixou o canal de ligação ao mar, originando a actual linha de costa.

Os mapas de cima assinalam as três fases essenciais da evolução do nosso litoral.
A: Quando a linha da costa formava uma baía onde desaguavam diversos rios.
B: A fase deltaica e proto-lagunar.
C: Actual fase lagunar. (adpatado de Oliveira, 1987).

No mapa inferior está assinalada a progressão da barra de Aveiro, indicando-se as suas localizações em diferentes anos, assim como a antiga linha do litoral.


"OS ASTROS NASCEM ..." Evocação


Barcelona, 20 de Março’1922 * Reinaldo Ferreira * Lourenço Marques (Maputo), 30 de Junho’1959.
Reinaldo Ferreira morreu na pujança da sua produção literária.
O trabalho publicado pela Vega merece ter lugar reservado no canto disponível para a leitura.
Reinaldo Ferreira - filho de Reinaldo Ferreira (Repórter X) .
sérgio micaelo ferreira


Com a devida vénia, NB colou de
Reinaldo Ferreira, Poemas, Um Voo Cego a Nada (livro I).Os astros nascem (pg.s 82 e seguinte)
Publicação com estudo analítico de José Régio e Prefácio de Guillherme de Melo, Edição Vega e Herdeiros do Autor, 1ª edição, 1998

27 de maio de 2010

SÓBUSTOS : FESTA DA PRIMAVERA

A semelhança dos anos anteriores, a Sóbustos irá realizar no próximo dia 5 de Junho, sábado, a "Festa da Primavera". O evento tem início marcado para as 11h00, com a realização de uma palestra intitulada, "Ética e Fim de Vida", que estará a cargo do mestre em ética, Dr. Amorim Figueiredo.

À tarde, com início previsto para as 14h30, os festejos prosseguem com a participação dos Cantares Populares de Bustos, dos idosos, do CAF, ATL e funcionárias. Espera-se a presença dos idosos de outras instituições do concelho.

Não falte, ajude os mais velhos a terem um dia inesquecível.

BUSTOS - LAVADOURO DO BAIRRO DA FONTE DA BARREIRA



LAVADOURO DA BARREIRA


Construído em parceria da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro com a Junta de Freguesia de Bustos - 1995, segundo a placa de identificação.
srg

26 de maio de 2010

BUSTOS TEVE VIAS FLUVIAIS





Não é fácil aos habitantes radicados num lugar perceber as mudanças por que vai passando o seu habitat no tempo longo. As gerações vão-se sucedendo e as memórias sumindo naturalmente. Pequena é, portanto, a noção que recolhemos das transformações sofridas pelo terreno no qual, vivendo, apoiamos os pés. Valha-nos, então, a leitura dos papéis antigos com valor para a história local.
Ainda assim, é possível a uma pessoa idosa quanto baste evocar recordações da sua infância que causarão surpresa a conterrâneos agora também na meninice mas que já não chegam a tê-las. Eu lembro-me de, na primeira infância (anos ’30), encontrar em Bustos diversos regatos e ribeiros de que hoje resta simples lembrança ou já nem isso. A velocidade das transformações não cessa de crescer e, neste quadro, o fenómeno geral do assoreamento dos terrenos é dos mais determinantes.

(fotos aqui)

Em diferentes ocasiões, referi as principais linhas de água que drenavam os terrenos desta freguesia. Afirmei mesmo que o seu perímetro era assinalado por linhas de água e que os primeiros pontos habitados foram certamente as coroas das nossas colinas. Novidade, desde logo, foi o designado «ribeiro de Bustos»: cruzava o centro da freguesia e pedia ponte em 1832. Anotei também o velho topónimo «porto do Vouga». Esclarecendo, insisti que o rio Boco desagua na ria de Aveiro e que foi navegável até à Malhada; e lembrei o ribeirinho que demarcava o Sobreiro da Feiteira (Troviscal), passando por trás do colégio, e do Areeiro (Palhaça). Retomo hoje o assunto para melhor elucidação deste dois últimos tópicos.
Mercê de indicação de Armor Pires Mota, chegou-me fotocópia e transcrição de um documento do século XIV alusivo, exactamente, ao dito ribeirinho que ainda conheci no limite do Sobreiro. Corria num vale de verdejante capim, lá onde se via uma azenha com represa. O documento, um aforamento de D. Dinis, situa na «Feiteira Velha», da freguesia do Troviscal, o «porto de Sanguinheira» (sic), autorizando, nomeadamente, que no local o arrendatário «faça um moinho de água» (TT, chancelarias de D. Dinis, Livro IV, fl. 64 v,). Conclui-se, nesta base, que o ribeirinho ainda existente nos anos ’30 era navegável naquele outro tempo.

Quanto ao rio Boco, a questão anda embaraçada em confusões ociosas ou inúteis. Sabe-se que o Boco demarca freguesias, concelhos e distritos diferentes, tal como se sabe que foi navegável – e, sem dúvida, via fluvial importante, bem mais do que terá sido alguma vez a linha de água do Sobreiro-Feiteira. Esta, com o seu «porto da Sanguinheira», seria sulcada por ligeiras embarcações, ao passo que o rio Boco permitiu durante séculos a entrada de navios. Chegou a ser considerado «braço de mar».

Vale a pena notar um documento de 1296 - «Inquirição e registo dos foros impostos aos moradores de Verdemilho, Ílhavo, Vagos e Sorens» – (Milenário de Aveiro-Colectânea de documentos históricos, org. por António Gomes da Rocha Madahil, ed. Câmara Municipal, Aveiro, 1959, p. 101). Indica claramente que navios aportavam então na Malhada, topónimo que há muitos anos me inculcaram como derivado de barcos «emalhados» em portinho de abrigo. Há registos de uma Malhada de Baixo e outra de Cima, porventura a sugerir uma descida gradual do nível do rio. A tradição oral atribui à povoação uma idade vetusta.

Isto confere ao rio Boco a importância que teve mas que parece agora resultar inacreditável a quem o vê quase a secar nos limites de Bustos. Persistem alguns vizinhos em chamar ao rio outros nomes – vala do Sardo, rio Salgado, ribeiro do Tabuaço, ora nascendo junto de Covões, ora em Balsas, freguesia de Febres – sem cuidar que os locais têm por hábito nomear a seu talante o que lhes passa à porta. Mas não façam os modismos populares esquecer o que sabe quem sabe.

Acautele-se porém quem se fie às cegas em enciclopédias e outras fontes consultáveis. Nem sempre estão limpas de erros e confusões. A própria localização da nascente original de um rio é, como se vê, amiúde controversa. Mas uma experiência no terreno traria dados positivos: bastaria seguir o vale do rio Boco actual, medindo-lhe a envergadura. E lendo pelo caminho umas páginas velhas até chegar às Azenhas do Boco ou até Vagos, por exemplo um trecho de carta de 1461 (venda que Pedro Gonçalves Robalo e sua mulher fazem a D. Mécia Pereira de diversos bens):
«Duas azenhas, que estam em hum lugar, que chamão o Bóco termo de Souza, das quaes ora são moleiros Pedro Vasquez morador do dito logo de Souza, e Gonçalo Gil morador em Ouca; Outro Si vos vendemos mais huma marinha, [de sal] que chamão de farêja, que parte de huma parte com vêa do rio de Vagos, e de outra com marinha»… (Milenário de Aveiro-Colectânea…, idem, ib., 1959, p. 225).
Enfim, documentos do passado o dizem: Bustos teve vias fluviais.
Arsénio Mota

25 de maio de 2010

ORFEÃO EM VILA DO CONDE

O coral do Orfeão de Bustos em Vilar


O Coral do Órfeão de Bustos deslocou-se, no sábado, dia 22 de Maio, a Vilar (Vila do Conde), para participar no X Encontro de Coros da Associação Honra e Dever. A Associação Honra e Dever comemorava também o seu 68º Aniversário e foram participantes do seu X Encontro Internacional de Coros, o Coral o Orfeão de Bustos, o Coral Polifónico do Centro Cultural, Artístico e Recreativo de Valladares (Galiza) e o Coral da Associação Honra e Dever.

O Orfeão de Bustos teve a oportunidade de conhecer e estabelecer laços com uma associação que apresenta muitas semelhanças à sua dinâmica e versatilidade e desfrutou ainda do calor de uma sala repleta de assistência.

O espectáculo foi variado e o encontro muito propício para estabelecer novos contactos e amizades. O Orfeão de Bustos agradeceu o convite à associação Honra e Dever e comprometeu-se em retribuir o gesto.

Os coralistas participantes demonstraram ter criado grande empatia e os cânticos com as vozes dos três corais fizeram-se ouvir noite dentro. O Coral de Valladares era, em número de elementos (64), muito distinto dos outros dois corais participantes do Encontro, os quais apresentavam uma formação muito semelhante.

O entusiasmo dos coralistas de Bustos continuou na viagem de regresso à Bairrada, onde não faltou entre outros, o fado lisboeta, interpretado pelo Vice-Presidente da associação o Sr. Arsénio Ferreira, o qual apresentou um adequado repertório para a ocasião.

A viagem fez-se em segurança, e o Orfeão de Bustos cumpriu uma vez mais também a sua missão de levar o nome da nossa região mais longe, tendo constatado que em muitos ficou a vontade de vir a conhecer a nossa região.

19 de maio de 2010

MARÉ ALTA: PINCELADAS DE UMA MEMÓRIA DISTANTE


Na calada da noite de altas horas transcorridas, movido por estranha força de pensamento inconsciente, fui parar surpreso a uma parte dos escritos do Notícias de Bustos nos idos de dois mil e cinco.
Lá fui encontrar entre tantas coisas emotivas que instantaneamente me levaram à memória da infância, uma que até certo ponto me surpreendeu pelo seu conteúdo. Para não me dispersar, rememoro uma criatura que permanece viva em meu imaginário. Refiro-me ao grande mestre Manoel de Oliveira Crespo.
Nos primeiros meses de 49 ingressei no conglomerado industrial de Manoel da Barroca, como aprendiz de torneiro mecânico. Manoel da Barroca iniciara em passado distante, sua atividade com uma forja fabricando principalmente implementos agrícolas. Posteriormente, expandiu-se abrindo outras frentes de atividades afins, no universo de serralharia, tornearia mecânica e fundição.

A fundição compreendia uma tecnologia avançada para o nosso meio. Não sei até onde é verdadeira uma lembrança que guardo e passo à memória da nossa terra, com a reserva de alguma confirmação mais comprobatória: Manoel da Barroca foi até uma fábrica de Alvergaria-a-Velha (Alba?) e em conversa de rua com alguns operários procurou saber quem era considerado o melhor mestre da especialidade em questão. De posse da informação de um nome consensual, entrou em contato com o profissional indicado para lhe apresentar uma proposta irrecusável. E assim, deste modo, levou para Bustos um grande profissional que morou em nossa terra com a família, numa residência que ficava bem no centro de Bustos (junto à Casa de Modas, taverna de António Nariz. Café Aires... por ali!).

A fundição exigia igualmente, um profissional de desenho que fosse capacitado a transformar em moldes de madeira, os artefatos a fundir. E a pessoa certa, ideal, talhada e enquadrada à finalidade da função, foi o ti Crespo.
Personagem de pequena estatura, corpo franzino, sobre o qual repousava uma cabeça privilegiada, com traços fisionómicos inconfundíveis de expressão enigmática, nariz aguçado sobre a ponta do qual repousava um permanente par de óculos que em minha cabeça de criança, só servia para compor o seu perfil de boa apresentação, uma vez que o ti Crespo dava a impressão que só enxergava por cima dos mesmos. Guardo na lembrança que a confecção dos moldes das peças fundidas eram verdadeiras obras de arte. Acho que, por conta do folclore que sempre envolve criaturas especiais, dizia-se que quando se confrontava com exigências mais complexas na formulação de seu trabalho, ele resolvia com todo o sucesso as suas expectativas, depois de uns bons copos de vinho. É, pois, com grande emoção e muito interesse, que acabei conhecendo pelos escritos ora constatados no Notícias de Bustos de 2005, tão rica quão profunda história da vida desse conterrâneo que está a merecer, como alguns outros, o reconhecimento da terra, em forma de estátua, como pleito de uma memória. Meu abraço.

Aristides Correia Arrais

17 de maio de 2010

DO ORGULHO E DA FALTA DELE


                           
Agora que estão concluídos os festejos do 90º aniversário da criação da nossa freguesia, justifica-se uma nota final. Elogiando uns, censurando outros e assinando por baixo.
Com poucos meios, com pouco tempo, a Junta de Freguesia conseguiu promover um conjunto de iniciativas, muito bem organizadas, todas elas valorizando Bustos e a sua História. Tudo decorreu com grande dignidade e simbolismo.
Duarte Novo e a sua equipa estão de parabéns! O empenho, a dignidade de todos, a convicção com que assumem os cargos é motivo de orgulho. O bom relacionamento da dupla presidencial merece uma referência, até porque isso corresponde aos interesses de Bustos e da sua comunidade.
A Áurea e o Duarte são dois bustuenses profundos, beberam do mesmo caldo e o bairrismo é a essência da sua motivação. Não deixa de ser significativo que, quando perguntei à Presidente da Assembleia se sabia por onde andavam os deputados da oposição, esta tenha respondido sem hesitação: “Eu não sou da oposição, sou de Bustos.”



Orgulham-se uns, escondem-se outros. Os deputados da oposição não estiveram presentes nas cerimónias que assinalaram o 90º aniversário da instituição para o qual foram recentemente eleitos. Também não enviaram representante, ou mensagem. Não sabemos se foi por desprezo ao órgão, aos seus membros ou aos eleitores. Pode ter sido, tão-somente, por não se quererem dar ao incómodo. E terem mais que fazer. Ou então, tendo escapado à gripe A, pretendem consumar o suicídio político…

Não se percebe, é até um comportamento caricato. Mas ajuda a compreender as escolhas que o povo vai fazendo, eleição após eleição. Lá isso ajuda!

Belino Costa
Fotos de Carlos Micaelo

13 de maio de 2010

BUSTOS - 1º FÓRUM'2003 - PRESENÇA DA GERAÇÃO DA DÉCADA DE 1920


O 1º Fórum de Bustos (2003) acontecido na APALB (Quinta da Queimada - Barreirão) teve na sua organização um largo espectro de bustuenses, inclusive da diáspora.

Por vários motivos, envolvia apenas o sexo masculino que tinha frequentado a Escola Primária do Corgo.

Ainda restritivo, pelo menos venceu a resistência de se pretender que o Fórum fosse aberto somente à 'elite' (!?)

De Linda Lane veio um livro para registo das actas sobre o evento. Todos (?) os participantes do Fórum assinaram a presença. Houve mais registos.
Questiona-se. Por onde andará o Livro?
Nota: O convívio foi uma festa. A foto fixa a presença no 1º Fórum da geração da década de 1920.
Dia da Espiga, sérgio micaelo ferreira

12 de maio de 2010

exposição «PAISAGEM, POR QUE NÃO?» "Conversa com ... Dr. Miguel Veiga".



A exemplo de exposições anteriores, vamos promover mais uma vez uma conversa informal, sobre a obra da artista presente na galeria.


É com imenso prazer que convidamos V/ Exa. para a “Conversa com … Dr. Miguel Veiga” sobre a exposição “PAISAGEM, POR QUE NÃO?” de MARIA DULCE BARATA FEYO, no próximo dia 12 de Maio pelas 21h30, na Olga Santos galeria.

“Atrevo-me a responder, por mim, porque sim. Dulce Barata Feyo, ao reflectir a realidade como um espelho numa imagem inicial e aparentemente inocente, não deixa de criar uma segunda realidade outra, esta submetida ao seu juízo, ao seu sentido de composição e elaboração crítica. …“
Miguel Veiga


Lembramos que a exposição estará patente ao público até ao próximo dia 30 de Maio.

11 de maio de 2010

[BUSTOS] Dr. Assis Rei - na «sua» Biblioteca

(foto de Carlos Micaelo, Dia de Bustos'2010)
O retrato do Dr. Assis Rei está editado por Belino Costa.
eis um excerto:
"Patrono da Biblioteca

“Na altura a gente metia-se em tudo”, recorda invocando o princípio republicano da cidadania que nunca deixou de ser afirmado em Bustos, mesmo contra ventos e marés. A Biblioteca Fixa da Gulbenkian foi uma causa entre tantas outras.
A Comissão de melhoramentos que lançou … "

in Belino Costa, “Dr. Assis Rei: Muito mais do que um Farmacêutico”, NB; 6.09.2006 aqui

[BUSTOS] Dr. Assis Rei - Benemérito discreto

11.05.1921 - Assis Francisco Rei
O Ti’Assis está a aniversariar com 89 velas bem iluminadas.
Quando o Dr. Assis nasceu, tinha acontecido em 1 de Maio, mais uma sessão quinzenal da Junta de Freguesia. Jacinto dos Louros "elogiando os altos serviços prestados a esta freguezia pelo Cidadão Ex.mo Doutor António da Costa Ferreira, e ainda pelas que espera receber de S. Ex.ª especificamente na instalação de estação telefonica na sede desta freguezia, propôs que na acta se lhe consignasse um voto de louvor e reconhecimento por estes serviços de grande utilidade e interesse que todo o povo reconhece." A proposta foi aprovada pelo colégio da Junta de Freguesia ‘e por outras pessoas presentes.’ (da acta da sessão da Junta de Freguesia de 1.05.1921)

O dr. Assis Rei, Presidente da Junta de Freguesia de Bustos e os seus companheiros de executivo, Manuel Simões Luzio e Manuel Joaquim dos Santos (Ferrador), tiveram uma intervenção dinâmica na autarquia de então. Era época de realizações e de intenções em prol do Bem Colectivo.

A União Desportiva de Bustos desenvolvia-se, apesar de fortes resistências dos pais de alguns jogadores sempre assustados com eventuais pernas ou braços partidos ou por não estarem dispostos a dispensar a força braçal necessária à lavoura. O Dr. Assis, com a experiência de presidente da secção de futebol da Briosa (Associação Académica de Coimbra), promove a criação dos Juniores. O P.e Gonçalves Pereira era o preparador psicológico e cívico dos Juniores; Peão, exímio jogador de Aveiro, era outro pedagogo dos Juniores. Minguitos, (Ulitro) deve ter tido influênncia na sua vinda para Bustos. Manuel Joaquim (Ferrador) era o transportador de serviço na sua mota. O Dr. Jorge Micaelo era o "olheiro" na Palhaça, onde tinha consultório.

Bustos começava a respirar ar mais oxigenado. O grupo de pressão ‘Comissão de Melhoramentos’ apontava novos horizontes de progresso.
A Biblioteca Fixa nº 26 instala-se em Bustos (Dia de Bustos, 1961) pela intervenção de Arsénio Mota, então estagiário de Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian.
A Comissão de Melhoramentos era a sua instituição de suporte.

Entretanto Arsénio Mota arranja trabalho no Porto,... a Comissão de Melhoramentos em breve fica desactivada em consequência da emigração e/ou migração e o Dr. Assis Rei fica com a criança abandonada. Dá-lhe o sustento durante vários anos, pagando a renda das instalações. Se fosse hoje, teria direito a ser considerado benemérito e até receberia diploma em festa própria.
É o desiquilíbrio dos tempos... E não há meio de emendar.
Os irmãos Abel e Manuel Martins (serralheiro) foram os voluntariosos colaboradores que mantiveram a Biblioteca em actividade. Hoje, também teriam diploma.
Mas viveram antes do tempo…


Da “Entrevista com o Presidente da Junta da Freguesia de Bustos”, concedida ao JB 10.10.1959 e republicada em NB, 6.06.09

foi retirado o seguinte excerto:

«- Mais alguns problemas, sr. doutor
- Olhe, a falta dum largo ajardinado, por exemplo. Bustos não dispõe dum recinto desse género e é tempo de se ir pensando no caso. Seria interessante adquirir, para o efeito, alguns terrenos no sítio central, tanto mais que toda a freguesia é um único aglomerado. Quanto a mim, o melhor local seria o que rodeará a nova igreja quando ela vier a construir-se naquele que está previsto. Apesar dos encargos que acarreta é este um assunto a encarar com espírito rasgado.


Outra aspiração da Junta de Freguesia é, como se verá da local inserta neste número e assinada pelo próprio presidente, a aquisição do recinto da feira».
aqui

Era o tempo das utopias.

Parabéns, Dr. Assis… nesta data festiva…

sérgio micaelo ferreira



10 de maio de 2010

UMA LIÇÃO DE HISTÓRIA

Cumpriu-se com brilho e muita dignidade o programa em boa hora apresentado pela Junta, a propósito da evocação dos 90 anos da tomada de posse da 1ª Junta de Freguesia de Bustos (9 de Maio de 1920).
De manhã, uma delegação da Freguesia deslocou-se em romagem ao cemitério de Ílhavo, onde repousam os restos mortais daquele que foi a grande alma da criação da nossa freguesia e seu 1º Presidente.

Mas o melhor estava para vir: pelas 16 horas da tarde, teve lugar a sessão de apresentação do trabalho do Belino Costa sobre as origens da freguesia e a luta árdua e persistente que os republicanos de Bustos travaram até atingir a nossa independência administrativa.
Numa linguagem cativante e envolvente, o nosso Belino deu-nos a conhecer o percurso dos Fundadores de Bustos, à frente dos quais se perfilou Jacinto dos Louros. Daí a honrosa presença das suas duas filhas ainda vivas e de dois netos.
Imagens e fotos iluminaram os acontecimentos que o Belino foi relatando perante uma assistência rendida pela clareza e objectividade da narração de vários episódios ligados à nossa história.
foto de Carlos Micaelo

Ficámos a conhecer melhor as origens da nossa cidadania. Bustos aguarda para breve a apresentação do trabalho de investigação a que o BC se lançou há uns anos atrás.
Porque ele sabe e sente que um Povo sem história é um Povo sem memória.
A lição valeu a pena.

OLIVEIRA DO BAIRRO [concelho] - O "SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE" . a partir de 10 de Maio

9 de maio de 2010

BUSTOS [1920 - 9 de Maio - 2010]. JUNTA DE FREGUESIA DE BUSTOS ILUSTRA OS PRIMEIROS ELEITOS


“Às gerações actuais compete recuperar e se possível iluminar o que um dia aconteceu e foi digno de registo.”
in Carlos Braga, A pretexto do 9 de Maio de 1920: achegas para o ambiente em que se gerou a freguesia de Bustos, Palhaça Cívica, 8Maio’2010. aqui

“A Junta de Freguesia de Bustos convida toda a população a estar presente nas comemorações dos 90 anos da eleição da primeira Junta de Freguesia.”

*
* *
Dia da Europa
Hino da União Europeia


Ode à Alegria
O Hino Europeu, adoptado pela Assembleia Consultiva do Conselho da Europa, em Julho de 1971, e pelo Comité de Ministros, em Janeiro de 1972, é o prelúdio ao hino da alegria, quarto andamento da nona sinfonia de Beethoven.
Apesar de existir um texto de Schiller para esta sinfonia, este não foi oficialmente adoptado pela União Europeia, permanecendo o hino europeu sem letra.
Este hino é entoado em cerimónias oficiais da União Europeia e em vários tipos de manifestações e eventos de carácter europeu.
in Aprender a Europa – Centro de Informação Europeia Jacques Delors aqui

...
(adapt. por sérgio micaelo ferreira)

8 de maio de 2010

BUSTOS - PRIMEIRA JUNTA DE FREGUESIA EM ACÇÃO*

(foto de António Crespo, é visível o edifício onde funcionou a escola primária e 'sede' da Junta de Freguesia.
Transcrição daacta da sessão extraordinária d0 Colégio Eleitoral para eleição do Presidente e Vice-Pesidente da 1ª Junta de Feguesia de Bustos para o mandato de 9 de Maio de 1920 a 31 de Dezembro de 1922, está editada em “Jacinto Simões dos Louros – Do curriculum”, NB. 28.09.2005 aqui )
*
A primeira sessão ordinária da primeira Junta de Freguesia de Bustos (16 de Maio de 1920) foi dar andamento a reclamação popular para que fosse instalado um posto de Registo Civil na freguesia. E no pedido dirigido ao Conservador Geral, solicitava a nomeação de, secretário da Junta, Constantino Nogueira da Silva, para que fosse nomeado ajudante do posto.

Ainda nesta sessão, o executivo apreciou o «projecto de Orçamento» apresentado pelo seu Presidente, Jacinto Simões dos Louros que foi provisoriamente aprovado e foi “exposto em reclamação por meio de editais.

Cemitério – ampliação (que vem da Junta de Paróquia da Mamarrosa) e actualização da tabela de ocupação; alienação do espaço da antiga escola da Quinta Nova também foram assuntos tratados nesta primeira reunião ordinária...

Pode inferir-se, à distância do Tempo, que a Primeira Junta não teve interregno do estado de graça. De imediato, começou a trabalhar com o objectivo de proporcionar “comodidade para os povos da freguesia’.
(*a pretexto de uma leitura da acta da sessão ordinária da 1ª Junta de Freguesia de Bustos, de 16 de maio'1920)
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Nota1
Pelas 16H00 de amanhã, domingo, no edifício da Junta,
Belino Costa vai desvendar um pouco da parte ainda escondida da História de Bustos.
O público não sairá defraudado pela oportuna iniciativa da actual Junta de Freguesia.
Comemorar o 9 de Abril de Bustos é prestar homenagem aos Homens que lutaram pela autonomia político-administrativa dos povos do ramo de Bustos .
Salvé, Jacinto dos Louros e seus correligionários.

Nota 2
Imprescindível a leitura do trabalho de Carlos Braga:
"A pretexto do 9 de Maio de 1920: achegas para o ambiente em que se gerou a freguesia de Bustos", editado em Palhaça Cívica; 8 de Maio’2010 aqui
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sérgio micaelo ferreira

ELEIÇÕES PAROQUIAIS NO "ALMA POPULAR"


"Com o resultado previsto no último numero deste jornal, efectuaram-se, no Domingo, em Bustos a Mamarrosa, as eleições para a Junta do Freguesia.
Em Bustos não houve oposição aos candidatos apresentados pelo Partido Republicano Português, o que veio demonstrar quanto o eleitorado daquela nova freguesia está reconhecido pelos benefícios ultimamente recebidos.
Na Mamarrosa, os conservadores, monárquicos, ou lá o que são, prepararam-se para a luta contra os democráticos, mas, à última hora, vendo que a derrota era certa, abandonaram a urna.

Em contrário do que a oposição fizera constar, não houve qualquer incidente desagradável, tendo entretanto comparecido no local uma força da Guarda Republicana.

A Junta da Mamarrosa ficou constituída pelos cidadãos:— Manuel Simões dos Santos, Manuel José de Almeida; Manuel Domingues Ferreira Tavares, Sebastião Rodrigues da Silva e José dos Santos Pato (efectivos), José Gonçalves da Graça, António Martins, José Francisco Frazão, Joaquim da Silva e Martinho Martins (substitutos).

A de Bustos pelos cidadãos: — Jacinto Simões dos Louros, Duarte Nunes Cipriano, Manuel Francisco Domingues Júnior, Manuel dos Santos Rozário e Manuel da Silva Novo (efectivos). Diamantino da Silva Tarrafo, Daniel Francisco Rei, Manuel Nunes Mota, Artur Baptista e Sebastião Grangeia Martins (substitutos).

A Alma Popular saúda os seus correligionários eleitos, bem como o povo daquelas duas freguesias, na convicção de que os novos corpos administrativos saberão dignamente cumprir o mandato que lhes acaba de ser confiado."

7 de maio de 2010

Clube da Junta de Freguesia de Bustos de minigolfe está inactivo?

O campo de minigolfe foi inaugurado com a disputa de uma prova oficial do campeonato Regional Centro a que concorreu uma forte equipa do Norte. O Clube da Junta de Freguesia até ficou bem classsificada.
Entretanto a secção desportiva da Junta parece estar parada. 
Uma pergunta à Junta de Freguesia de Bustos:
É possível conhecer o calendário das provas ou torneios no campo de minigolfe?
Saúda-se a Junta de Freguesia de Bustos na pessoa do actual Presidente por homenagear a Primeira Junta eleita em 9 de Maio de 1920. É um marco visível da história da minha Terra

Bustos, 9 de Maio’1920 – Dia da Primeira Junta de Freguesia é evocado no XC Aniversário (Domingo). Assembleia de Freguesia ficou de fora

Bustos, 9 de Maio’1920 – Dia da Primeira Junta de Freguesia
A actual Junta de Freguesia de Bustos decidiu fazer um pequeno registo público evocando as primeiras eleições da nossa autarquia ocorridas há noventa anos...
A última morada de Jacinto dos Louros, no cemitério de Ílhavo, irá ser pequena para receber a embaixada de Bustos a fim de colocar um ramo de homenagem ao principal obreiro da criação da Freguesia.
O verdadeiro preito acontecerá quando, um dia, for colocado um Busto de Jacinto dos Louros no hall de entrada do edifício da Junta.
À tarde – 16H00, no edifício da Junta de Freguesia, Belino Costa irá dar a conhecer alguns episódios (inéditos) do percurso árduo que os Republicanos tiveram de enfrentar para alcançar a aprovação da Lei º 942/1920, 18 de Fevereiro - da criação da Freguesia de Bustos , já popularizado no Dia de Bustos.
Conferência a não perder.
Pela consulta do programa, não se compreende que a Assembleia de Freguesia esteja omissa. Até parece que as duas instituições andam de candeias às avessas, o que não é verdade.
Dia 9 de Maio, se as vontades não forem repulsivas, poderá tornar-se um dos grandes dias para pensar na Casa Grande de Bustos.
sérgio micaelo ferreira
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Programa*: do próximo dia 9 de Maio, 2010 (Domingo)

10H00 - Hastear de Bandeiras

10H10 - Romagem ao cemitério de Ílhavo para depósito de ramo de flores na Campa do primeiro Presidente de Junta de Freguesia de Bustos –
Jacinto Simões dos Louros

16H00 - Palestra sobre a “História da Criação da Freguesia de Bustos – Alguns episódios”. Orador, Belino Costa

* recolhido de Belino Costa , 90 anos da Eleição da 1ª Junta, 5.5.2010 , NB aqui
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Nota:
A 9 de Maio’ 2006 NB evocava a efeméride com breves referências à PRIMEIRA JUNTA DE FREGUESIA DE BUSTOS - DECRETO Nº 6.486, DE 30.03.1920

aqui e aqui

6 de maio de 2010

O PPD faz 36 anos

Dia 6 de Maio de 1974

Sá Carneiro (1934.1980); Pinto Balsemão; Magalhães Mota (1935.2007) – saídos da Ala Liberal da Assembleia Nacional de Marcello Caetano e outros fundam o Partido Popular Democrático (PPD) antecessor do Partido Social Democrático (PSD).
Um aniversário a fixar na Democracia Portuguesa da 2ª República.

9 MAIO 1920: A PRIMEIRA ELEIÇÃO



A lei nº 942, de 18 de Fevereiro 1920, criou a freguesia de Bustos, consagrando a desanexação de dez lugares da freguesia da Mamarrosa.

O Decreto 6:486, de 30 de Março, assinado por António José de Almeida, designa o dia 9 de Maio como a data para a eleição do primeiro executivo.

5 de maio de 2010

90 ANOS DA ELEIÇÃO DA 1ª JUNTA

No próximo domingo Junta de Freguesia comemora o 90º aniversário da eleição do primeiro executivo ( 9 de Maio de 1920).


A Junta de Freguesia de Bustos convida toda a população a estar presente nas comemorações dos 90 anos da eleição da primeira Junta de Freguesia.


As mesmas ocorrerão no próximo dia 9 de Maio e terão o seguinte Programa:

-10.00h - Hastear de Bandeiras

-10.10h - Romagem ao cemitério de Ílhavo para depósito de ramo de flores na Campa do primeiro Presidente de Junta de Freguesia de Bustos – Sr. Jacinto dos Louros

-16.00h - Palestra sobre a “História da Criação da Freguesia de Bustos – Alguns episódios”. Orador, Belino Costa

Vamos reviver o dia 9 de Maio de 1920!

O executivo

4 de maio de 2010

ORFEÃO PROPÕE: GINÁSTICA E BEM ESTAR



DIA 08.MAIO (sábado)

Proposta: GINÁSTICA DE BEM-ESTAR

Horário: 10:00H-10:45 H

Público Alvo: Toda a população mas em especial pessoas com algum tipo de dificuldade física

Orientadora: Fisioterapeuta Eliana Marques

DIA 09.MAIO (Domingo)

Proposta: Acção Médico-Social

Horário: 9:30 H - 12:30 H

Público Alvo: Toda a população

Equipa Técnica: Enf Clifton

Enf: Maria Augusta (Tita)

"Ferreira de Castro e a Emigração - Ontem como Hoje - Colóquio Internacional"


"Ferreira de Castro e a Emigração - Ontem como Hoje - Colóquio Internacional"
Lisboa, 24, 25 e 26 de Maio de 2010


"Os homens transitam do Norte para o Sul, de Leste para Oeste, de país para país, em busca de pão e de um futuro melhor.

Nascem por uma fatalidade biológica e quando, aberta a consciência, olham para a vida, verificam que só a alguns deles parece ser permitido o direito de viver. (...) E deslocam-se, e emigram, e transitam de continente a continente, de hemisfério a hemisfério, em busca do seu pão.

Mas, em todo o Mundo, ou em quase todo o Mundo, vão encontrar drama semelhante, porque semelhantes são as leis que regem o aglomerado humano. Não esmorecem, apesar disso. Continuam a transitar de olhos postos na luz que a sua imaginação acendeu, enquanto, os mais ladinos, aproveitando todas as circunstâncias favoráveis ou criando-as até, fazem oiro com a ingenuidade dos ingénuos."
Ferreira de Castro
"Pórtico" de Emigrantes

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«Como salientou Joel Serrão - sem dúvida, o historiador que, em nossos dias, dedicou maior atenção aos problemas da emigração -, "coube a Ferreira de Castro o mérito de encarnar, pela primeira vez", os dramas da emigração "na pele do emigrante expulso pela miséria das suas bermas natais".»

«"Cerca de um século após a partida de Ferreira de Castro para o Brasil (acontecimento que ocorreu em 1911), as questões relacionadas com a diáspora - de que a emigração é o rosto mais visível - mantêm toda a actualidade. Razão de sobra para que, homenageando Ferreira de Castro, nos juntemos para reflectir sobre as causas e as consequências culturais de um fenómeno que persegue a identidade nacional como sombra inevitável.»

Artur Anselmo
Coordenador Científico do Colóquio
(Professor de Cultura e Literatura da Universidade Nova de Lisboa)

Nota: foi solicitada a creditação oficial para docentes do Ensino Básico e Secundário.

Informações e inscrições
Centro de Estudos Ferreira de Castro aqui
(nota informativa adaptada por NB)