27 de julho de 2010

ANIMAÇÃO DE VERÃO


A Companhia de Dança de  Coimbra estará presente em Bustos, na noite da próxima sexta-feira, para uma demonstração de "Afroswing". É a "Onda de Verão", uma iniciativa da Junta de Freguesia, que se vai prolongar pelos próximos fins de semana.

25 de julho de 2010

FÓRUM EM IMAGENS



Manuel Pedreiras, Dorinda Capão, Mário Capão, Aida da Rosa, Alcino da Rosa, Dina Costa e Ditosa Luzio


Romagem ao cemitério

Mário Capão, recriando a figura de Jacinto dos Louros, lê um extracto do Auto da Proclamação da República

Exposição etnográfica organizada por Clara Aires (pormenor)

Andreia Mota, encarnando a figura de Ceres, deusa romana da agricultura  que para os bustuenses é também um símbolo da República, desde que Vitorino Reis Pedreiras a colocou junto à cúpula do Café Central

Duarte Novo no uso da palavra

Dr Nunes, da Mamarrosa

Milton Costa interpretando a figura do Zé Povinho

Pormenor da sala com 114 convivas

Professor Henrique Tomás, de Oliveira do Bairro
Fernando Casau, do Troviscal
Jorge Micaelo, médico de Bustos e Carlos Braga da Palhaça

Fernando  Peixinho, médico de Oiã



LIVROS À VENDA

Os livros que foram  apresentados no Fórum 2010 já se encontram à venda.
Os habitantes de Bustos e arredores poderão adquirir as duas edições na Papelaria do Sobreiro, mas também todos os nossos leitores espalhados por Portugal e pelo Mundo o poderão fazer via internet. Em baixo deixamos dois endereços onde poderão encontrar e adquirir as duas obras. É fácil, barato e seguro.



http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/proclamacao-da-republica-de-lisboa-a-oliveira-do-bairro/9789892020693/

http://www.goodreads.com/book/show/8616172-proclama-o-da-rep-blica




http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/troviscal-republicano/9729892020334/

http://www.goodreads.com/book/show/8616178-troviscal-republicano-1922-1939-banda-excomungada-clero-interdito

23 de julho de 2010

AMANHÃ HÁ FÓRUM


Amanhã é o grande dia. Todos os que desejarem participar na romagem ao cemitério, deverão concentrar-se no largo da igreja velha, às 11 horas.
PROGRAMA

11H3O: ROMAGEM AO CEMITÉRIO

12H00: Restaurante Dois Telheiros

MOMENTO ETNOGRÁFICO E LANÇAMENTO DO LIVRO: “Troviscal Republicano: Banda Excomungada, Clero Interdito”, de Silas Granjo

13H00: ALMOÇO

15H00: TRIBUTO AOS REPUBLICANOS

Intervenções livres

16h00: MOMENTO MUSICAL E CULTURAL

22 de julho de 2010

JUNTA DE FREGUESIA PROMOVE ANIMAÇÃO DE VERÃO

A Junta de Freguesia inaugura na próxima sexta-feira as iniciativas de Verão, que irão decorrer na zona envolvente ao edificio sede. Para este fim de semana o programa é o seguinte:


23 de Julho - Sexta -feira
22.00h - “Kappa karaoke”
Noite da Caipirinha – Bar aberto

24 de Julho – Sábado
14.00h – Jogos populares
Malha, Bolas, Corrida de Sacos, Cabra Cega, Lencinho, Dentada na Maçã, Espetar Rabo do Burro, Dança da Laranja.
Animação com os gaiteiros “Vale das Mulas”

25 de Julho – Domingo
10.00h – Ginástica

Contamos consigo e com todos!

21 de julho de 2010

RAZÕES DO FÓRUM: REVISTA-LIVRO E CARLOS BRAGA



O Fórum do próximo sábado é também um contributo para as comemorações do 90º aniversário da criação da Freguesia de Bustos, depois do executivo, presidido por Duarte Novo, ter assinalado a efeméride com brilho e dignidade.


A nosso ver faltava apenas a edição de uma publicação comemorativa do centenário da República e do 90º aniversário da nossa freguesia. E assim nasceu a revista-livro que assinala a dupla comemoração.

A publicação reúne um texto de Belino Costa, “Proclamação da República: De Lisboa a Oliveira do Bairro”, um memorial dos “Primeiros Republicanos de Bustos”, a edição fac similada da “Illustração Portugueza” , de 17 de Outubro de 1910, e o trabalho de Carlos Braga, “Na Alvorada da Criação da Freguesia de Bustos (1910-1920)”, uma nova versão do texto publicado no blogue, “Palhaça Cívica”, no passado mês de Maio, A pretexto do 9 de Maio de 1920: achegas para o ambiente em que se gerou a freguesia de Bustos.

O “Notícias de Bustos” agradece, reconhecidamente, a excelente colaboração do historiador da Palhaça, que está a ultimar uma investigação sobre, “A Primeira República na Imprensa da Bairrada”. Vai para ele o destaque de hoje:


Carlos Manuel Braga da Costa nasceu a 28 de Novembro de 1952 e reside na Palhaça.
É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. A dissertação de mestrado é uma biografia de contexto sobre o jornalista Francisco Manuel Homem Cristo, director do Povo de Aveiro.

Entre 1989 e 1993 foi docente do Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA – Aveiro), onde leccionou História dos Mass Media em Portugal e Teoria e História da Comunicação Social.
Tem alguns trabalhos publicados em revistas especializadas. O último, editado pela Universidade Fernando Pessoa em 2009, intitula-se: “A importância dos estudos regionais: contributos para uma abordagem regional”.
Em 1990 foi director-adjunto do semanário Litoral, jornal onde colaborou regularmente durante alguns anos. Tem textos dispersos noutros jornais regionais como Bairrada Popular, Jornal da Província, Companha, Diário de Aveiro e Jornal da Bairrada.
É sócio-fundador da Associação de Jornalistas e Escritores da Bairrada (AJEB).
Entre as comunicações e palestras que tem proferido, ou textos com interesse para a região, destacam-se: em 1992, “A antiga Feira da Palhaça (FIACOBA, Oliveira do Bairro); em 1993, “Homem Cristo Jornalista”, comunicação inserida nas comemorações do quinquagenário da sua morte, promovidas pela Câmara Municipal de Aveiro (texto publicado em Estudos Aveirenses – Revista do ISCIA, n.º 1, 1993); em 1994, “António de Cértima biografado por Arsénio Mota” (texto inserido em António de Cértima. Colectânea de Estudos no Centenário do seu Nascimento, Edição da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, 1994); em 2005, “Arsénio Mota e a Bairrada”, ano em que Bustos assinalou a passagem dos 50 anos de actividade literária do escritor bairradino (texto publicado em Arsénio Mota. 50 anos de escrita, Edição Campo das Letras, 2005).
Em termos profissionais, é funcionário da Segurança Social desde 1977. Ingressou na carreira técnica superior em Aveiro, onde se manteve até 1993, ano em que passou a exercer cargos dirigentes em Coimbra. Actualmente é dirigente regional do Serviço de Fiscalização do Centro, onde coordena a área de fiscalização a equipamentos sociais (IPSS e estabelecimentos lucrativos licenciados ou ilegais). Tem trabalhos publicados nas áreas de recursos humanos e equipamentos sociais e é colaborador da revista Pretextos.

Milton Costa: o mar mediterrâneo também é de Bustos

A notícia já era conhecida no círculo restrito do barrilito.com (em português: Barrito, ponto, come). A modéstia, dele e dos amigos, aconselhou reserva. Mas a divulgação na comunicação social de mais este avanço curricular libertou o NB da discrição.
O nosso conterrâneo Milton Costa, prof. catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, faz parte da direcção da Comissão Internacional para a Exploração do Mar Mediterrâneo (CIESM), uma organização intergovernamental que tem como objectivo a promoção de investigação para a protecção do Mar Mediterrâneo.
Criada em 1908, a CIESM tem sede no Mónaco e é presidida pelo Príncipe Alberto, que aqui vemos ao lado do Milton (também falaram de gravatas, ao que sabemos)
São 23 os países que integram esta organização, entre os quais, Portugal, Espanha, Itália, França, Suíça, Alemanha, Israel, Síria, Egipto e Argélia, estando a sua direcção estruturada em seis comités científicos, responsáveis pelo planeamento estratégico de investigação, reconhecimento de questões científicas emergentes e cooperação científica. O nosso Milton dirige o comité científico de Microbiologia Marinha e Biotecnologia.
Milton Costa elege como prioridade do seu mandato de três anos “ disseminar e intensificar a investigação na área dos microrganismos extremófilos (que crescem e se reproduzem em condições extremas, como a ausência de luz ou níveis extraordinariamente altos ou baixos de temperatura, sal, acidez, etc.), porque estes enigmáticos seres vivos produzem enzimas e produtos com um enorme potencial biotecnológico, em campos tão diversos como a saúde, agricultura e poluição, entre muitos outros”.
A comunidade científica internacional, prossegue o investigador, ” tem de se focar mais no estudo dos microrganismos que habitam o Mediterrâneo. Há muitos locais por explorar e é necessária uma forte cooperação científica para desenvolver, de forma mais célere, as potencialidades dos microrganismos extremófilos que, no futuro, se apresentarão como soluções viáveis para problemas económicos, sociais e ambientais. É também necessário estabelecer fortes relações científicas entre os microbiólogos da margem Norte e da margem Sul do Mediterrâneo”.
Já conhecíamos o Milton como Presidente da FEMS (Federation of European Microbiological Societies, que reúne cerca de trinta mil microbiólogos de 36 países europeus).
Como se não bastasse, ainda lhe sobra algum tempo para presidir à Assembleia Geral da Sóbustos e ao Conselho Fiscal do Orfeão de Bustos. E é sócio benemérito da Banda da Música da Mamarrosa.
Sobra-lhe também tempo para nos aturar (e nós a ele).
E para ser modesto e despretensioso, que a informação genética do ADN das gentes de Bustos também passa por esse trilho.
Ele há bustuenses assim: extremófilos.
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- O NB agradece ao gabinete de imprensa da FCTUC a informação científica disponibilizada.

20 de julho de 2010

RAZÕES DO FÓRUM: RECRIAÇÕES DE CLARA AIRES



Muita gente tem trabalhado para a realização do Fórum do próximo sábado. O destaque de hoje vai para a Clarita Aires que uma vez mais ofereceu a sua colaboração, vestindo um conjunto de personagens do tempo da Primeira República e preparando uma mostra de objectos.
Do Zé Povinho, a uma especialíssima recriação da figura da República, passando por figuras da época como o agricultor, o comerciante, a padeira ou a cozinheira, muitas são as surpresas em preparação.
Quanto às inscrição, que já ultrapassam a centena, temos de assinalar a presença de cidadãos de outras freguesias do concelho, que fazem questão de nos honrar com a sua presença e se juntam a nós nesta festa de cidadania que serve também para assinalar o primeiro centenário da República Portuguesa.

16 de julho de 2010

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS - DESPERTAR CONSCIÊNCIAS OU UM JEITO DE DESPEDIDA COM O DEVER CUMPRIDO



DESPERTAR CONSCIÊNCIAS OU UM JEITO DE DESPEDIDA COM O DEVER CUMPRIDO
Numa conversa informal, houve alguém que nos disse: “Temos que unir o povo de Bustos”. É uma frase bonita, é apenas isso. Nada mais.
Sabemos que não agradamos a todos. Por vezes, acontece agradarmos alguns, …
Porquê? É simples de explicar: Ou nós dissemos o queriam ouvir … ou fizemos o que essas pessoas desejavam.

GESTÃO FINANCEIRA
O rigor, a cautela acompanham a gestão financeira do executivo da UDB.
Vamos seleccionar três críticas:
1. Ora somos acusados de utilizar dinheiro das mensalidades da Formação no pagamento aos seniores.
2. Ora somos considerados injustos por não remunerarmos os juniores quando o treinador “utiliza Filhos da Terra” (segundo expressão do Dr. Fernando Vieira) na equipa dos seniores.
3. O treinador Quim Tavares é criticado porque os juniores não são utilizados nos seniores.
Que fique claro: a direcção da UDB separa as águas. A gestão financeira da Formação é separada da gestão dos Seniores.

CAMPO RELVADO
Há um campo relvado. É certo que não é nosso. Mas temos. E oferece uma comodidade reconhecida por muitos.
Críticos proclamam: “fazer filhos em mulher alheia não tem sentido nenhum”.
Os críticos esquecem que o sítio já foi um pantanal e foi através do esforço voluntarioso de gerações e com o apoio de várias instituições que foi possível melhorar as condições do campo para a prática de futebol.
Actualmente é visível a melhoria geral do Campo Dr. Manuel dos Santos Pato em consequência da recente intervenção das obras. É de elementar justiça realçar a grande ajuda da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro. E, esquecendo o elogio em causa própria, não deve ser omitido o esforço empenhado da actual Direcção.
Há outra realidade que deve se registada: as obras de requalificação do «novo» campo não mereceram ser apoiadas ou patrocinadas por outras entidades, além da assinalada.

PATROCÍNIOS
À volta do campo existem alguns placards de publicidade. Desejávamos ter mais expositores. Paciência e um bem-haja aos patrocinadores que mantiveram na íntegra os apoios ao clube. Mas, no sector da publicidade, nem tudo foi um mar de rosas…

RENDA DO CAMPO – APOIOS CERTOS
Ouve-se frases tais como: “teriam muita lata se vierem cobrar as quotas pois já dei muito”, “estou lá há nove anos e ninguém me agradece nada”,…
Em contraste há quem proceda de outro modo.
No primeiro ano de mandato, à semelhança dos anos anteriores, tivemos a colaboração de um amigo do clube no pagamento da renda do campo.
Neste segundo ano recebemos 50,00 € em cada mês do primeiro trimestre. O valor actual da renda é de 247.85€/mês.
Esperamos continuar a merecer o apoio para a satisfação do pagamento desta despesa certa…

ASSEMBLEIA-GERAL E ALHEAMENTO DOS SÓCIOS
A Direcção apresentou o seu Relatório e Contas do ano anterior para serem discutidos e votados em Assembleia-Geral.
Quando se esperava uma presença maciça em consequência da intervenção dos críticos, a decepção tomou conta de nós. Compareceram dois sócios!
A UDB não merecia tanto alheamento.
Contudo, informamos os senhores associados que mantemos a disponibilidade para prestar esclarecimento a quem tiver alguma dúvida sobre o Relatório e Contas.

FIM DE ÉPOCA – FIM DE MANDATO – VENHA A MUDANÇA.
A UDB CAI NA MÃO DOS CRÍTICOS?
Finalizou a época desportiva e o nosso mandato está também quase no fim. Foram dirigidos vários convites para formar uma direcção. A resposta tem sido sempre a mesma: “não tenho tempo, nem vida para isso” ou “eu não sou de cá”.
Actualmente é impensável continuar a fazer a gestão de atletas e a gestão financeira só com duas pessoas.
Os críticos teriam ocasião de mostrar que são capazes de fazer melhor, mas que garantias dão, se estão sempre a criticar, se não «vestem» a camisola da UDB, se vivem na mesquinhez e até têm a ousadia de comentar que “mudou de carro com o dinheiro da UDB”?.
O tempo que perdem a fazer julgamentos devia ser aproveitado a aprender fazer melhor que os outros. Nunca será tarde para mostrar que gostam mesmo da UDB.

O VAZIO CRIADO NA UDB SERÁ O PRENÚNCIO DA VINDA DOS “SALVADORES”?
Temos assistido a muitos cenários no palco da vida que nos leva a questionar: será que o acumular destas situações tem a finalidade de criar um ambiente de crise profunda na UDB e desembocar no encerramento da actividade da UDB para então fazer surgir os «salvadores» do clube?
E logo a seguir vem a máquina da propaganda a enaltecer o grande feito, o bairrismo, o amor à camisola de quem não deixou acabar com a UDB.


A UDB NÃO FOI TRAMPOLIM
Queremos que saibam. Mesmo com algumas falhas, com decisões menos acertadas trabalhámos para a UDB. Não nos servimos da UDB. A UDB não foi trampolim para qualquer salto político.

A UDB NÃO APRESENTA NENHUMA DÍVIDA
E mais. Deixamos a UDB sem nenhuma dívida. As dívidas que existiam eram: 58.000€00 sobre os muros e balneários e o relvado e a borracha 9.000,00€.
O Clube ficará inscrito para a próxima época.
A renda ficará paga até Setembro.

NÃO SOMOS SRS. FULANOS DE TAL, LOGO NÃO SOMOS INFLUENTES
Não abandonamos, mas sentimos que não conseguimos cativar ninguém para formar um grupo de trabalho. O problema deve ser nosso, será por não sermos pessoas influentes? Não somos sr.s Fulanos de tal? Não sabemos. A resposta também agora não interessa.

AGRADECIMENTO
Não podemos esquecer os dirigentes antigos que ajudaram a elevar a UDB, independentemente dos resultados no campo. Desejamos que o próximo elenco dos corpos gerentes trabalhe em sintonia e que consiga erguer mais alto o nome da UDB.
Aproveitamos para agradecer aqueles que nos apoiaram, acreditaram e acreditam em nós, e, graças ao trabalho, dedicação que tiveram, levaram a UDB a bom porto e dignificaram BUSTOS.



VIVA A UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS!!

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15 de julho de 2010

Troviscal: uma República solidária

A implantação da República em 1910 assentou na defesa da igualdade e da fraternidade entre as pessoas.
Caiu-me nas mãos um exemplo vivo desses ideais republicanos, cuja história passo a relatar.
Em 25 de Outubro de 1924 um grupo de 27 troviscalenses constituiu uma sociedade civil que adoptou a denominação de "Assembleia Republicana de Instrucção, Beneficência e Recreio".
O seu objecto imediato foi a construção duma casa num terreno dum dos sócios fundadores, com "um fim altamente patriótico, cívico, instrutivo, recreativo e moral".
No acto da sua constituição ficou logo previsto que a sociedade se regeria por estatutos próprios.
É destes que vos quero falar, porque representam a melhor herança do espírito republicano.
Impressos em 1926, os Estatutos da Assembleia Republicana do Troviscal serviram para constituir uma associação de carácter republicano, com os seguintes fins:
1º - Servir de laço de união e amor fraterno entre todos os republicanos seus associados;
2º - Promover instrução e recreio aos associados pelos meios ao seu alcance, proporcionando-lhes também passatempos agradáveis tais como: reuniões familiares, palestras, bailes, récitas e tudo o que possa servir para a prosperidade da Assembleia;
3º - Organizar um gabinete de leitura e respectiva biblioteca;
4º - Criar uma caixa de beneficência para socorrer os necessitados da freguesia;
5º - Criar, sendo possível, um fundo de reserva, destinado à compra de livros e vestuários de crianças extremamente pobres cujos pais ou tutores não tenham meios para os adquirir.
É certo que parte desses ideais se foram perdendo, a tal ponto que da memória da minha geração apenas ficaram os famosos bailes na Assembleia Republicana do Troviscal.
Como certo e adquirido é que, com a Revolução de Abril, a então chamada beneficência passou a ser assumida por instituições vocacionadas para a solidariedade social.
Mas foram os valores e objectivos que acima citei que marcaram o início da República.
Entretanto, a Assembleia Republicana do Troviscal não morreu. Antes pretende renovar-se e acompanhar os novos tempos, mantendo os verdadeiros ideais da República, cujo centenário passa este ano.
Festejar a República passa necessariamente por vivificar a memória daqueles que lutaram pela instrução, pela igualdade e pela solidariedade entre os homens.
Mas passa também pela lembrança de que foi por via dos erros cometidos na 1ª República que nasceu a ditadura, filha do golpe militar de 28 de Maio de 1926, curiosamente contemporâneo dos Estatutos da Assembleia Republicana do Troviscal.

13 de julho de 2010

RAZÕES DO FÓRUM: SILAS GRANJO E A FILARMÓNICA DO TROVISCAL



Corre o mês de Novembro de 1922 e Manuel, Bispo de Coimbra, decreta o interdito à música do Troviscal, filarmónica que assim se vê impedida de participar em festas e actos religiosos. E a proibição não se limita à banda, estende-se a cada um dos seus elementos, ainda que incorporados noutras filarmónicas.

E qual o motivo de tão severa pena contra músicos amadores? Apenas um, a banda ter integrado o cortejo de um funeral realizado sem cruzes ou padre. Um funeral civil!

À fúria persecutória do Bispo respondem os excomungados e demais ofendidos decidindo a interdição do clero na freguesia, até que à música seja permitido exercer a sua profissão em toda a parte. A partir desse dia e até ao fim da interdição, em 1939, mantém-se um braço de ferro que afasta o clero da aldeia.

Este é um notável episódio de solidariedade e resistência popular contra a intolerância e prepotência da Igreja. E é um marco na História da Primeira Republica, que transformou a banda do Troviscal num símbolo nacional.

Sobre esta questão existia um trabalho de Silas de Oliveira Granjo (Banda Excomungada, Clero Interdito no Troviscal Republicano), integrado nas Actas do Colóquio – Anticlericalismo Português.História e Discurso, que, a nosso ver, justificava e exigia uma publicação autónoma. Estava encontrada uma boa razão para o Notícias de Bustos se abalançar no campo da edição não digital e viajar ao tempo em que os livros tinham peso e eram feitos de papel.

Silas Granjo não só aceitou com entusiasmo a proposta para a edição do seu trabalho como, apesar de condicionado por prazos muito apertados, o valorizou, introduzindo um número significativo de novas páginas com informações, documentos e fotografias.

Maestro, compositor, investigador, professor, com uma marcante actividade cívica e cultural, Silas de Oliveira Granjo é uma figura ímpar e, escrevo-o com justiça, uma das maiores referências bairradinas. O livro, Troviscal Republicano: Banda Excomungada, Clero Interdito (1922-1939), que será lançado no Fórum de Bustos, no dia 24 de Julho, pelas 12 horas, é disso exemplo.

Para o Fórum 2010 será mais uma forma de assinalar o centenário da República. De uma assentada evocamos um episódio marcante da luta pela construção do estado laico e recebemos um magnífico representante da tradição musical e do rebublicanismo troviscalenses.
B.C 



SILAS DE OLIVEIRA GRANJO


Silas de Oliveira Granjo nasceu em 1945 no Troviscal e aí reside.

É Licenciado em Filologia Germânica – Ramo Literatura Inglesa, pela Universidade de Coimbra; Mestre em Estudos Ingleses e Doutor em Literatura, pela Universidade de Aveiro. Ambas as teses têm como objecto de estudo a obra da escritora canadiana anglófona, Marian Engel.

Tem vários artigos publicados em revistas da especialidade.

Leccionou Inglês e Alemão no Instituto de Promoção Social da Bairrada – Bustos e na Escola Secundária de Vagos.

Na Universidade de Aveiro, ao longo de mais de 25 anos, leccionou Literatura Inglesa, Teoria da Literatura, Língua Inglesa e Cultura de Expressão Inglesa.

Membro da Comissão Organizadora do Congresso Internacional dos 75 anos de A Selva, de Ferreira de Castro.

Coordenador das comemorações do Centenário do Nascimento de Arlindo Vicente (2006).

Coeditor do livro Arlindo Vicente, Óleo, Aguarela, Desenho e Ilustração.

Fundador da Banda da União Filarmónica do Troviscal (1989), que dirigiu durante 12 anos. Regente da Banda da Mamarrosa (1979-1991) e da Banda Marcial de Fermentelos (1979-1987).

"udbustos.blogspot.com" NÃO É BLOGUE OFICIAL DA UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS

Esclarecimento:

A actual direcção não tem nada haver com a criação do novo site da União Desportiva de Bustos. Além disso queremos informar que até a data de hoje que nós tenhamos conhecimento, ainda não existe um grupo de trabalho que permita formar uma direcção. O Dr. Fernando Vieira assumiu que seria o Coordenador do Futebol 11, e o facto de não existir uma direcção para a próxima época desportiva, não o demove de continuar a preparar o Futebol 11.

Beatriz Costa
(Presidente da UDB)

UMA RELÍQUIA DA UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS NA FIACOBA'2010


A Junta de Freguesia de Bustos está presente com dois módulos na FACOBA/2010, sendo um deles quase exclusivamente ocupado pela arte dos bordados.
Um painel de fotos e memórias preenche largo espaço da parede norte do primeiro módulo. A merecer uma paragem.
Um bouquet de bandeiras de Bustos decora a exposição. Uma relíquia de artesanato está escondida no meio de repeitáveis bandeiras: da União Desportiva de Bustos, com a data da fundação do clube em 20-2-48.
Mesmo com a confusão criada pelo cruzamento dos sons debitados pelas aparelhagens sonoras da Fiacoba e do Certame dos Cavalos, vale a pena passar pelo acolhedor Espaço Inovação.
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Nota: Inscreva o novo blogue da União Desportiva de Bustos nos Favoritos
http://www.udbustos.blogspot.com/

sérgio micaelo ferreira

12 de julho de 2010

UNIÃO DESPORTIVA DE BUSTOS VAI A VOTOS

AU.D.B. reentrou no mundo digital. Está preenchida mais uma lacuna no mundo da informaçãode Bustos. Parabéns.



Os Sócios da União Desportiva de Bustos estão convocados para eleger os Corpos Sociais(2010/2012) em Assembleia-Geral Ordinária.
Dia: 20 de Julho'2010 (terça-feira)
Hora: 20H00
Local: Instalações do Campo Dr. Manuel dos Santos Pato (Sobreiro-Bustos).
Aguarda-se que haja fumo branco...

9 de julho de 2010

CHICO HUMBERTO tem curriculum invejável














CHICO Humberto, assumido republicano-laico-socialista, é visceralmente Bustuense.


O registo das suas memórias é indispensável para ajudar a construir uma parte do passado recente.
srg

8 de julho de 2010

O CHICO - DIAMANTE PARA HUMBERTO REIS PEDREIRAS... CUMPRE 76 ANOS!


O CHICO
Humberto Reis Pedreiras
1934 - 8 de Julho - 2010
76 anos estão cumpridos.


O CHICO, no registo oficial: Humberto Reis Pedreiras, cumpre a passagem por 76 calendários. Interventivo para além do sol-posto, alcançou vitórias cimentadas em desaires. Nunca desistiu de ir à luta mesmo em situações eleitorais de fracasso pré-anunciado. Sempre em defesa das suas convicções. A participação em movimentos associativos ou político partidários vem já de longo tempo e de tradição da família.
O CHICO, teimoso à hora da bica, contestatário à hora da munhaca, nunca deixou de cultivar a solidariedade. Sem publicidade.
Um abraço com parabéns
do sérgio micaelo ferreira
___________
Nota:
Acerto de datas -
O Chico não precisa que se lhe tire um ano.
O Chico é como o Vinho Fino ...
srg

7 de julho de 2010

CICLOTURISMO. 18 DE JULHO

No próximo dia 18 de Julho o Orfeão irá organizar mais uma edição do Cicloturismo de Bustos, iniciativa que teve berço e evolução até 2008 com um conjunto de amigos de Bustos que consideraram ser esta uma iniciativa que interessava à freguesia, promovendo o convívio, o conhecimento e desporto saudável.

O Orfeão com a ajuda desses elementos, aproveitando a experiência acumulada, pretende também dar um contributo no sentido da continuidade da realização deste evento.

O percurso é o seguinte:

8:30h- Concentração no Parque da Junta de Freguesia de Bustos

9:00h- (Início do passeio) – Bustos – Mamarrosa – Feiteira – Vila Verde – Malhapão – Oiã – Giesta – Perrrães (Parque do Carreiro Velho) --» 19 Km

18:00h - ( Regresso a Bustos) – Perrães – Giesta – Oiã – Malhapão – Limeira – Feiteira – Sobreiro (Recinto da Feira)

5 de julho de 2010

RAZÕES DO FÓRUM: OS PRIMEIROS REPUBLICANOS DE BUSTOS



No início do século passado houve um grupo de homens ousou defender os ideais republicanos e lutar pela construção uma sociedade civilista e laicizada, acreditando que o ensino e o positivismo científico seriam o fermento de um “homem novo”.
A luta pela implantação da República foi bem mais do que o combate por uma nova forma de organização política onde, por exemplo, se passou a eleger um chefe de estado. Movidos por uma exacerbada ideia de missão, estes homens almejaram uma sociedade de cidadãos, acreditando que estava em causa a salvação de Portugal e a refundação da pátria portuguesa.

Em Bustos, e no concelho de Oliveira do Bairro, eles não eram a chamada arraia-miúda, pobre e analfabeta, mas sim distintos médicos, proprietários, e comerciantes. Idealistas que chegaram a investir as suas poupanças na causa republicana e arriscaram a vida na defesa do novo regime. Uns, como o Dr. Manuel dos Santos Pato, teceram argumentos e polémicas nos jornais, outros, como Jacinto Simões dos Louros, organizaram grupos, lideraram a luta pela criação da Freguesia.
Um deles, Augusto Simões da Costa, patrocinou o lançamento de jornais como o “Alma Popular” e o “Farol da Liberdade”, e outro, Manuel Simões Mota, arriscou a vida nas trincheiras da Primeira Grande Guerra. Houve também quem, por amor à liberdade e à República, fosse torturado e preso, como aconteceu a Manuel Reis Pedreiras que abandonou os calabouços da polícia política para vir morrer a casa. Em 6 de Junho de 1959 o jornal de Lisboa, República, assinalou a sua morte, ainda que a censura pouco tenha deixado revelar. Vivíamos no tempo em que Salazar impunha um discurso de diabolização da Primeira República e dos republicanos.

Quarenta e oito anos de ditadura fizeram com que os nomes daqueles que lutaram pela República e pela criação da freguesia de Bustos ficassem esquecidos. Impunha-se tentar recuperar os nomes e os rostos daqueles que, no início do século passado e suas primeiras décadas, abraçaram o ideário republicano em Bustos. Precisávamos de os resgatar do esquecimento.

A primeira fase dessa investigação levou-nos até aos livros de Vitorino Reis Pedreiras e Hilário Costa, aos manuscritos e correspondência de Jacinto Simões dos Louros, assim como aos jornais da época e outros documentos. Tarefa difícil porque aqueles que poderiam ter fornecido a mais detalhada informação, como Jacinto Simões dos Louros, viveram e escreveram em tempo de ditadura, assumindo a auto censura, por saberem que se tais nomes fossem apanhados pela polícia política, iriam denunciar e prejudicar os nomeados.
Não será por acaso que as referências encontradas entre os textos de Vitorino Reis Pedreiras tenham sido feitas já depois da revolução de 25 de Abril de 1974 e que Hilário Costa só no livro de 1984, Bustos, Memórias de um Bustoense, tenha indicado alguns nomes de homens muito dignos que lutaram pela criação da freguesia.

Elaborada a primeira lista de republicanos impunha-se depois divulgá-la e, muito especialmente, confrontar os descendentes desses homens, saber se ainda hoje os identificam como republicanos, e se o seu exemplo permanece vivo na memória familiar. É aqui que entram em acção duas mulheres de Bustos, Dina Costa e Ditosa Luzio, também elas, netas de republicanos. Consultando a lista e identificando os respectivos familiares, graças à ajuda de pessoas como Esmeraldina Reis Pedreiras, partiram para o necessário porta a porta. A experiência acabou por se revelar um assinalável sucesso, porque não só a lista cresceu, como foi possível reunir um significativo número de fotografias. Alguns nomes, alguns rostos, é certo, continuarão no esquecimento, mas no próximo dia 24 de Julho pelo menos 63 dos primeiros republicanos de Bustos serão lembrados e o seu nome ficará registado nas páginas da história bustuense.

São dezenas de boas razões para não perder o Fórum 2010, mas há mais.


Belino Costa

1 de julho de 2010

MARÉ ALTA: LEMBRANÇAS DO PASSADO (A POUCO DIFUSA) RÉCITA INFANTIL




A récita Infantil idealizada, coordenada e ensaiada pelo então recém formado padre Alfredo Rei em mil novecentos e quarenta e nove (1949)marcou profundamente o início de minha adolescência. E atrevo-me a dizer que, embora efêmera, marcou com simplória ternura, um momento da vida artística dessa nossa terra bustuense. Com o seu projetado objetivo iniciado no primeiro semestre daquele ano, o evento teve sua conseqüente
apresentação no clube de Bustos, depois de quatro ou cinco meses de ensaios semanais. O programa compreendia uma diversidade de quadros em que se intercalavam bailados folclóricos, cantos solo e esquetes quase todos, humorísticos.


Os pequenos artistas variavam de idade que se situava entre oito e quinze anos. Alguns dos componentes figuravam em mais de uma encenação:
Canto e quadro; canto e bailado; Bailado e quadro; Canto, bailado e quadro. Houve partes especiais com trajes típicos e cantos brasileiros, apresentadas pelos filhos (as) de um senhor Mota morador nas Coladas, que retornara do Brasil com a família, para viver em definitivo, no seu Bustos.

Filhos e filhas do sacristão; Felipe Rei e sua irmã; Os brasileiros citados; Isaura Vieira; Aidinha Ferreira; Um dos menores artistas, sobrinho do Chico Gueso (morador no cabeço, visinho de Reis Pedreiras); Samagaio da Azurveira são alguns dos participantes que guardo na lembrança, além do meu par feminino, cujo nome sumiu de minha memória: Filha única, era da Póvoa, morando na rua principal, depois do largo dos Moras.


A récita infantil de Bustos, cuja receita apurada era destinada à Igreja, foi também representada no Troviscal e depois, atendendo a pedidos, novamente levada ao palco no Clube de Bustos. Muitos dos que já haviam assistido foram de novo. Muito mais os que ainda não haviam visto a récita, graças aos comentários favoravelmente elogiosos, compareceram em massa, lotando mais uma vez aquela casa de espetáculos. Meu imaginário guardou a idéia de que cada quadro, cada cantar, cada bailado, ficou para sempre gravado na memória dos que assistiram á demonstração artística dos pequenos notáveis.



Quando do segundo jantar (1993) dos alunos da freguesia que concluíram o primário em 1947, na hora da saudade, de repente, Samagaio referiu-se a uma Récita Infantil em que tomara parte, mas não se lembrava de nenhum dos participantes. Antes que eu me manifestasse, Arcílio Barreiro, de saudosa memória, antecipando-se começou a cantar:

Não vás ao mar Tónio,
Hum... Hum!
O mar é bravo Tónio,
Hum... Hum!
Podes morrer Tónio...
Ai Tónio, Tónio!
Não vás ao mar, não vás...
Ai Tónio, Tónio!
Sabe Deus se voltarás...


Pode parecer pedante de minha parte, mas é fato que fiquei marcado por este quadro de pescador!

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Em mil novecentos e setenta e um (1971), após precisamente 20 anos de ausência, voltei pela vez primeira em visita, à minha terra natal: Bustos.
Um parente residente aqui no Brasil pedira-me para fazer uma visita a sua idosa mãe, que se encontrava doente, em Portugal. Logo na primeira semana na terra, tratei de entrar em contato com a família daquele meu aparentado, a fim de marcar o dia da visita que me comprometera realizar, tendo consciência que a melhor hora seria à noite, já que durante o dia, normalmente, as pessoas ocupavam-se com o trabalho do campo.
No dia marcado, fui brindado com uma lauda ceia a lembrar dos tempos de criança: Uma baciada de batatas, couves, e bacalhau, regado a um bom azeite e o irrecusável vinho tinto da casa. A conversa rolou cheia de amenidades até eu poder encontrar o momento oportuno para expor o principal motivo daquela minha visita, sucedendo-se uma série de lacónicas informações sobre a respectiva progenitora, onde havia uma explicita intenção de dizê-la já muito senil e desmiolada.



Não obstante, insisti em vê-la para poder dar uma satisfação ao parente do Brasil. Depois de muita relutância, finalmente convenci meus anfitriões a me levarem até junto da idosa.
Vou poupar-me de descrever as descuidadas quanto miseráveis condições em que se encontrava aquele ente familiar. Enquanto me apresentavam a ela, filho e nora de frente para mim, através de gestos iam me reafirmando o que já me haviam dito por palavras: Que aquela criatura já não regulava da cabeça tendo perdido a noção do tempo e quaisquer lembranças do passado, não reconhecendo mais ninguém. De repente aquele ser humano, que mais parecia apenas uma junção de pele e ossos, cabelos grisalhos, desalinhados, bastante compridos a lhe cobrirem os ombros, ergueu-se apoiado nos braços descarnados e, fixando-me, começou a cantar:

Não vás ao mar Tónio,
Hum... Hum!
O mar é bravo Tónio,
Hum... Hum!
Podes morrer Tónio...
Ai Tónio, Tónio!
Não vás ao mar, não vás...
Ai Tónio, Tónio!
Sabe Deus se voltarás...


Esta inesperada e surpreendente manifestação de memória foi um dos mais emocionantes momentos já vividos por mim!

Aristides C. Arrais