27 de dezembro de 2006

A "HOMENAGEM" DA UDB AO DR. SANTOS PATO

As homenagens já não são o que eram.Quando eu era um rapazinho de tenra idade, também fizeram uma homenagem ao meu avô. Mas nesse dia tudo teve a sua dignidade, e, particularmente, foi sentida pelos seus promotores. Diga-se, em abono da verdade, que o respeito que lhe dedicaram os seus amigos não durou eternamente. E foi assim que uma singela placa comomerativa da efeméride passou a andar de mão em mão.Mas voltemos ao tema em apreço. A "homenagem" que fazem agora ao meu avô só pode ser uma brincadeira de mau gosto.

O Manuel dos Santos Pato era um homem humilde, filantrópico e sempre pronto a ajudar os mais desfavorecidos, mas com um grande respeito pela propriedade de cada um. Só o facto de nenhum membro da família ter sido convidado para participar nessa "homenagem" seria motivo, suficiente, para lhe tirar sentimento e honestidade. Mas acontece que a Direcção da UDB, ao executar as obras sem autorização dos herdeiros demonstrou, claramente, não ser capaz de respeitar um dos princípios que sempre nortearam esse Homem simples mas honesto. Esta "homenagem" não tem razões para ficar na história.O meu avô sempre foi um homem que lutou pelas suas convicções. Pois também nós vamos lutar pelos nossos direitos.

Carlos Santos Pato

6 comentários:

  1. Anónimo16:32

    Direito adiado e direito negado.
    Bustos necessita de ajustar contas com os herdeiros do Dr. Santos Pato. Ja e tempo.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo17:17

    A Direcção da UDB, executa as obras sem autorização dos herdeiros, mas com o beneplácito do homenageado Mário João Oliveira e do patrono António Mota ou seja, sem que a autarquia tivesse riscado o que quer que fosse; e ainda bem que assim foi, porque senão seria esta a homenageada o que, como se sabe, não aconteceu. Tratou-se, está bom de ver, de um agradecimento de pessoas a pessoas e não da instituição UDB ao orgão autárquico CMOB; quanto ao resto, é bom que os herdeiros do Dr. Pato lutem pelos seus direitos, principalmente para limparem o negrume do enxovalho que foi o aproveitamento do nome do Dr. Pato para promoção de uma candidatura à associação de futebol de aveiro e para bajular quem permitiu a construção de obras sem cuidar de obter documentação comprovativa da titularidade do terreno ou, pelo menos, da autorização dos seus titulares para execução de benfeitorias em terreno alheio.

    ResponderEliminar
  3. Saúda-se a intervenção do neto do Dr. Santos Pato (presumo que filho do Eng.º Néo Pato).
    Este blogue tem sabido honrar a memória do avô e do pai. O Avô foi das pessoas mais notáveis do concelho e o Carlos definiu-o bem.
    Só que, meu caro, a honra, ao contrário do Pai Natal, persiste em não chegar a todos os lares...
    Bustos precisa de honrar os seus, e, dentre estes, os que tudo deram de si em prol da freguesia.
    A UDB (i.é., o Dótô Fernando) tem destas idiossincracias: é capaz do melhor e do pior; fez do Bustos um clube grande, mas à maneira dos “grandes “ dirigentes dos futebóis, faz questão em cultivar odiozinhos, zangas, birras e teimosias. É inexplicável a ausência dos herdeiros do Dr. Santos Pato na homenagem da UDB, ausência que pensei ter sido deliberada, por razões ligadas ao uso do sítio.
    O último comentário acerta na mouche, pois e do que vi, a festa foi feita a pensar na Câmara e na Associação de Futebol de Aveiro. Em suma: mais uma jogada do Dótô.
    Quanto à 2ª questão colocada pelo Carlos Pato, a das supostas "benfeitorias", discordo dele: as razões são do foro jurídico, por entender (salvo melhor opinião, como costuma dizer-se no meio) que a UDB pode fazer o que sempre fez no campo: beneficiações, tendo por escopo aquilo que era um insalubre pousio à data em que a UDB recebeu o terrreno do avô para nele instalar o campo da “união” entre Canecas e Gavetas. O Pai do Carlos foi dos que muito trabalhou na adaptação do local a campo de futebol.
    Não vejo porque a UDB não possa beneficiar o local, dignificando-o para a prática do dito futebol. Desde que me lembro de ser gente, toda a vida o fez.
    Entretanto, sejamos razoáveis: é mais um caso para os Tribunais.

    ResponderEliminar
  4. Anónimo11:36

    Campo Dr. Manuel dos Santos Pato. Aqui está mais um imbróglio que Bustos tem dificuldade em resolver. O ÓsKar (como advogado) já alertou a hipótese da legalidade das benfeitorias ser dirimida em tribunal. Se a Câmara Municipal largou os cordões á bolsa e um vereador terá acompanhado a evolução das obras no campo, é porque a intervenção estaria legal. Só não se compreende que não tenha havido a instalação de nenhum painel informativo do arranjo do campo.
    sérgio micaelo ferreira

    ResponderEliminar
  5. Anónimo17:49

    É de rir até às lágrimas a conclusão de que "se a Câmara Municipal largou os cordões á bolsa e um vereador terá acompanhado a evolução das obras no campo, é porque a intervenção estaria legal". É que por este prisma, então também seria legal a pouca vergonha do desaparecimento do tout-venant da Rua / Avenida Gil Vicente: como os bustuenses se lembrarão, ainda no tempo da "outra senhora" foi adjudicada a certa empresa o arranjo desta via, a qual estendeu tout-venant numa das faixas; com a mudança, entrou uma "nova senhora" que sem se saber muito bem como nem porquê, terá adjudicado a obra a outra empresa (ao que parece mais amiga de alguém) e, outra vez sem se saber muito bem como, o tout-venant que já estava estendido numa das faixas desapareceu (consta que terá sido transportado para uma picada - ou terá sido para um picadeiro?), e foi estendido outro tout-venant mas, na faixa que anteriormente nada tinha. E, apesar de a Câmara Municipal ter largado os cordões à bolsa e de um vereador ter acompanhado a evolução da obra feita à vista de todo o mundo, também não se compreende que não tenha havido a instalação de qualquer painel informativo. Tratar-se-á de outro caso com resolução judicial à vista?

    ResponderEliminar
  6. Anónimo11:32

    Nestes últimos tempos, a população de Bustos capricha valentemente. Parece nada disposta a honrar condignamente aqueles que mais se destinguiram fazendo obra pela terra. Indiferença total! Talvez por isso haja cada vez menos quem se resolva à luta e ao sacrifício em prol de todos sem pensar nos interesses pessoais ou em vaidades balofas. Parece que só quem mais grita que faz e que acontece é que ganha nome, ou talvez não? É triste. Por estas e por outras é que Bustos está a cair, a cair, a cair. Mas a malta até julga que está a subir, a subir, a subir... Cegueira cega, valha a verdade

    ResponderEliminar