31 de julho de 2005

UM FÓRUM (EN)CANTADO

A presença dos Professores Modesto e Elísio Branco e a homenagem a Arsénio Mota foram dois aspectos marcantes do Fórum de Bustos 2005, mas a grande surpresa aconteceu quando Carlos Micaelo tomou a palavra para explicar que tinha um presente para oferecer à assembleia, e anunciou a presença do grupo “Guitarras de Coimbra”.



Tinha terminado o almoço e Milton Costa, a quem coube a organização logística do evento, anunciou que estava aberta a sessão para quem desejasse falar à assembleia. E anunciou desde logo o nome do primeiro inscrito, Carlos Micaelo. Este tomou a palavra para explicar que na ementa do almoço existia um enigma que ainda ninguém conseguira desvendar, pois propunha-se revelar o mistério. Tinha convidado uns amigos, o grupo “Guitarras de Coimbra” e pedia uma salva de palmas para músicos e cantores que vinham gratuitamente abrilhantar o convívio.

A música tem aquele condão mágico de todos envolver e contagiar, pois momentos houve em que toda a sala ecoou como um coro magnífico. Mais afoito o Dr. Jorge Micaelo não resistiu às lembranças de outras épocas e envolto pela batina negra cantou como nos tempos de estudante.

Terminado o canto foi a vez de Óscar Santos erguer a voz para, em nome de todos os presentes, saudar Arsénio Mota pela recente conquista do prémio Literário Carlos Oliveira. Depois de uma sentida ovação entregou-lhe, como reconhecimento pelo seu empenhamento cívico, a reprodução do telegrama que lhe foi enviado quando da inauguração da Biblioteca Gulbenkian, em Bustos.

Depois do agradecimento de Arsénio Mota e de algumas palavras informais de Milton Costa foi a assembleia informada de que a produção do próximo encontro fica a cargo de Carlos Aires (do Pompeu).

Mas o convívio, onde estiveram presentes quase setenta pessoas, ainda não estava concluído. Graças às professoras Milita Aires e Clélia Figueiredo muitos dos presentes puderam consultar os seus registos escolares. Muito festejadas as presenças dos antigos professores da Escola Primário Masculina, Elísio Branco e Manuel Modesto. Este último continua a poder citar o nome completo de alguns dos seus antigos alunos.

Apesar de todos os participantes o terem feito em nome pessoal (e pagando do seu bolso o almocinho) gostaria de sublinhar a presença do Presidente do ABC, João Martins Oliveira, do Presidente da Assembleia-Geral da UDB, Mário Reis Pedreiras, do Presidente do Orfeão, Mário Belinquete, do Vice-Presidente da SóBustos, Humberto Reis Pedreiras, e do Presidente da Pró-Bustos, Nelson Figueiredo. Mas porque todos somos importantes aqui fica a lista completa dos participantes:

Acilio (Peixeiro), Adélio Reis Pedreiras, Adélio Simões da Costa (dos Moras), Adélio Simões dos Santos (da Barroca), Agostinho Pires, Aniano Martins, Arsénio Mota, Assis Francisco Rei, Audete Rei, Augusto Simões da Costa (Serafim), Belino Costa, Carlos Aires (do Pompeu), Carlos Micaelo, Carlos Vasconcelos Aires, Carlos Alberto, Celso Reis Pedreiras, Clara Aires,

Clélia Figueiredo, Diniz Luzio, Ditosa Luzio, Jorge Nelson Micaelo, Fernando Luzio, Graciano Luzio, Élio Freitas, Elísio Branco, Filinto Lourenço, Hélio Reis Pedreiras, Humberto Reis Pedreiras, Ilídio Moreira, Irene dos Santos, Jaime Rei, Jonine Costa da Silva, João Aires, João Martins Oliveira, José Eduardo dos Santos, Licínio Mota, Luís Ala da Costa, Luís Alberto Queiroz, Lino Soares, Manuel António Silva (dos Rádios), Manuel Santos Pato (Neo Pato),

Manuel Modesto, Mário Belinquete, Mário Simões dos Santos (da Barroca), Mário Reis Pedreiras, Mília Pardal, Milita Aires, Milton Luzio, Milton Simões da Costa, Manuel Augusto dos Santos (Necas), Natalino Rodelo, Necas Granjeia, Nelson Figueiredo, Nelson Tavares, Norberto Rei, Óscar Santos, Paulo Alves, Paulo Figueiredo, Rafael Tavares, Rodolfo dos Reis, Rui Rei, Sérgio Micaelo, Sérgio Pato, Tiago Ferreira, Ulisses Crespo, Vasco Micaelo, Vitaliano Pedro, Virgílio Ferreira.

As fotos do encontro podem ser vistas aqui.

bc

FóRUM DE BUSTOS... À LA CARTE

Comentário de Óscar Santos:
  • Há surpresas que são isso mesmo, surpresas.
    E que são impagáveis.
    O Carlos Micaelo é um daqueles poucos verdadeiros equilibristas de circo:Consegue caminhar sobre duas cordas (neste caso, de guitarra e de viola), mantendo um pé na de Coimbra e o outro na de Bustos.
    Um verdadeiro Artista!

29 de julho de 2005

FÓRUM DE BUSTOS'2005

NÓ DA A1 PARA AS CALENDAS? E +

Houve inauguração de variante a servir duas parcelas de concelhos contíguos(Oliveira do Bairro e Sangalhos). Já tardavam - a festa e o desvio.
Oliveira do Bairro tem os eixos viários a circular pelo centro da cidade. É mais um «pulsar dinâmico» a combater a ruralidade.
O nó da Auto-Estrada em Anadia-Norte consta do programa eleitoral do PS. O Autarca de Anadia, Litério Marques, sem o apoio efectivo de Acílio Gala, terá ficado a saber qual a data prevista para a implantação do prometido acesso à A1?

A Variante concelhia nascente-poente constará da literatura de propaganda eleitoral "autárquicas/2005"?

...

Uma curiosidade:
“Apesar de a vila de Oliveira do Bairro se encontrar num processo de transição acelerado para urbano e industrial, em que as indústrias crescem de mãos dadas com o ambiente, pretende-se preservar a ruralidade envolvente.”


– De onde foi retirada a citada frase ?
A frase foi copiada do projecto apresentado na Assembleia da República pelo CDS
PROJECTO DE LEI N.º 63/IX
ELEVAÇÃO À CATEGORIA DE CIDADE DA VILA DE OLIVEIRA DO BAIRRO
- um dos fortes argumentos da promoção está:
"A elevação da vila de Oliveira do Bairro a cidade é mais um forte estímulo para a aceleração do crescimento sustentado, o que já se verifica, com as consequentes repercussões administrativas e financeiras."

Exposição de motivos
Sérgio Micaelo Ferreira

ARSÉNIO MOTA RECEBE PRÉMIO "CARLOS DE OLIVEIRA"

ARSÉNIO MOTA RECEBE PRÉMIO "CARLOS DE OLIVEIRA"


















Evento fixado por foto de Carlos Micaelo

28 de julho de 2005

Recomenda-se ?!!: 'Bustos' - no sítio da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro,

(com a devida vénia)
aqui[ e clicar sucessivamente em Concelho, Freguesias e Bustos]
Transcrição ...

"Informações Gerais
Freguesia localizada no Concelho de Oliveira do Bairro, Distrito de Aveiro (ver Mapa do Concelho). Tem 1012 hectares.
Dados Históricos
Pertenceu até 1836 ao Concelho de Sorães que é hoje um lugar da Freguesia de Stª Catarina (Vagos), que era dependente da Comenda de Ansemil da Ordem de Malta.
Até final do séc.XIX existia nesta Freguesia um grande número de quintas pertencentes ao Convento de Jesus de Aveiro.
É criada Freguesia pela Lei nº 942 de 18 de Fevereiro de 1920, passando a ser constituída e limitada
"pelas povoações de Bustos, Coladas, Sobreiro, Azurveira, Barreira, Picada, Quinta Nova, Póvoa, Cabeço e Porto do Vouga".
Tem como padroeiro S. Lourenço.
Em 1758 já existia a ermida de S. Lourenço, dependente da Igreja da Mamarrosa, cuja conservação e reparo pertencia aos moradores do lugar de Bustos, Barreira, Azurveira e Sobreiro.
A festa realizava-se a 10 de Agosto e havia grandes romagens à capela por "teram ao dito Santo Mártir por advogado das suas Maleites (doenças) e que levando-lhe uma telha de oferta, têm fé de que lha tira".
Locais a visitar
O Palacete do Visconde de Bustos, pertença do Visconde de Bustos, António Duarte Sereno, foi construído na 1º década do Séc.XX onde seu pai tinha um estabelecimento conhecido por Bazar Universal. Em 1978, o palacete foi comprado pelo povo e ali foram instalados a junta de freguesia, a casa do povo, a biblioteca, a creche, OTL, centro de saúde e centro de dia para os idosos
A Capela S. João, reconstruída em 1984, no lugar do Sobreiro, a capela devotada a S. João é toda protegida com azulejo. Ao centro da fachada pode ver-se um painel de S.João com o Cordeiro ao colo.
Telefones úteis
ABC - Associação Beneficente e Cultural de Bustos - 234753294
CTT - Correios de Portugal - 234751111
Escola Primária nº 1 - 234753420
Farmácia "Assis Rei" - 234751127
Instituto de Promoção Social da Bairrada - 234751197 / 234753405
Posto de Saúde de Bustos - 234752160
© 2005 Câmara Municipal Oliveira do Bairro - Portugal . Site Oficial"
...........................................................................
Transposto do sítio Oficial da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro
por

Sérgio Micaelo Ferreira


27 de julho de 2005

‘BUSTOS EM CUECAS’ PATEADO NA MAMARROSA …



Arsénio Mota, Vitorino R. Pedreiras, Óscar Santos bem mourejaram com o aparo ‘Vasco da Gama’ no aido da revista «fabricada» nos ensaios alongados desde 1934 até 20.11.1937. para que conste.
Alfaiate de profissão e mais tarde comerciante, David Pessoa (da Pocariça?) era o ensaiador, Emitério Fernandes* (da Palhaça), primeiro tuno de Bustos, estava encarregado da direcção musical. Manuel Sérgio, o esquecido mecenas dos Canecas e de “Os Belenenses”, cumpriu a função de compère com rara aptidão.
O elenco dos (e das) artistas de “Bustos em Cuecas” já foram largamente referenciadas.

“O espectáculo foi apresentado nove vezes, sempre com lotações esgotadas e grande êxito” (1).
Mas a quarta apresentação da revista no Salão da Mamarrosa redundou em fracasso, conforme está espelhado na notícia do Ideia Livre, de Anadia, “que atacou o espectáculo”(2).

A guerrilha alimentada pela fragmentação da freguesia-mãe da Mamarrosa poderia explicar a pateada. Mas, Manuel Luzio, homem para todo o serviço da Junta de Freguesia de Bustos, e que já palmilhava as andanças da revista, justifica o insucesso da digressão.
“Bustos e Mamarrosa desejavam fazer a pazes”... E, fomos apresentar o teatro-revista “com gosto”...
Mas, “para nossa surpresa, os cenários eram mais altos que o salão, … os candeeiros Bisar (?) – a gasolina – não podiam ser pendurados”. A iluminação era fraca, 'mal se via'. Além disso, os (as) artistas não tinham espaço para actuar “porque o palco era estreito … era muito pequeno …”
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Explicação dada, Manuel Luzio, que ainda se orgulha de ser natural da antiga freguesia da Mamarrosa, associa um dos ensaios da revista no Centro Recreativo de Instrução e Beneficência a um grave acidente que envolveu Ferreira da Silva.
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Ao tempo, o “recreativo” era iluminado por candeeiros a gasolina, tipo Petromax. Alguém vai à arrecadação e deixa aberto um garrafão de gasolina. Mais tarde, Ferreira da Silva vai buscar combustível. Acende um fósforo e, qual Plutão, um chama irrompe pelo corpo todo.
Ferreira da Silva (3) passou meses sentado num cadeirão sem se poder mexer. Valeram-lhe os cuidados médicos de António Vicente (4).

...
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Sérgio Micaelo Ferreira

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(1) in Arsénio Mota, Bustos – elementos para a sua história, edição ABC, 1983.
(2) in Arsénio Mota, Recordações do Berço, 2003
(3) Tarda a homenagem.
(4) da Plêiade Bairradina

26 de julho de 2005

+ BUSTOS EM CUECAS (e haverá +)


Manuel Micaelo, Ercília do Herculano, Célia do Caçalho, Maria Rosa do Tarrafo, Estrela do David, Quitas Aires, Clarinda do Pedro e Clarinda do Cataluna (as únicas vivas) e Maria Rosa do Sobreiro (1937) Posted by Picasa

25 de julho de 2005

O FALAR DO POVO


"o tempo escampa"
O céu foi-se cobrindo de nuvens, as nuvens carregaram-se de negrume e em breve a manhã se molhou num aguaceiro. Retidas em casa, as pessoas vigiavam o céu, desejando sair de enxada às costas, pois o trabalho as chamava ao campo aberto. Por fim, o céu começou a desanuviar-se e as pessoas disseram:
- O tempo escapa!
Talvez quisessem dizer que o pior já tinha passado ou que o tempo estava assim-assim, nem muito bom nem muito mau, até porque aquele dito lembrava outro, também bastante tradicional: Quem tem capa sempre escapa. Enfim, remediava.
Julgo que era este o sentido daquele dito tal como o entendiam os Bustuenses e que me habituei a ouvir nos meus verdes anos. Em data recente, por acaso, descobri duas coisinhas numa só: que o tempo não «escapa» mas, sim, escampa, isto é, que pára de chover, que o tempo se aclara; e que os Bustuenses sabiam falar. Usavam um vocabulário extenso e de nível invulgar, embora deturpando-o um tanto por falta de mais escola.
Este fenómeno é curioso e tem verdadeiro relevo cultural. Merecia estudo aprofundado, conforme venho afirmando no que tenho publicado sobre Bustos e sobre a Bairrada, deixando aqui e ali, de passagem, algumas achegas. A ele regresso com esta nota.
No âmbito de um mini-inquérito que apareceu no blogue que antecedeu este, surgiram contributos valiosos pela mão de Belino Costa (aido e outros), de Alcides Freitas (falocas = pipocas), etc. Há que distinguir, nesta questão, dois conjuntos diferentes: os termos «caros» que o povo usava, ou ainda usa, mais ou menos deturpados; e os termos que assumiram entre nós significados algo diferentes ou completamente novos, que os dicionários não registam.
Os termos «pátio» (dentro de casa, debaixo de telha), «aido», «apeirar» (a fogueira), «cabanal» (não é casa da eira), «quebrar o cambão» (comer as primeiras uvas do ano), estar o homem «zaruca» (embriagado) ou ser o «chona» (o último classificado), ou «carrapito» (ponta da planta do milho), por exemplo, assumem aqui significações particulares. Por outro lado, termos como, por exemplo, «trapezonga» (mulher desajeitada), ou «talisca», ou «fulestrias» (palhaçadas) sofrem por vezes deformações na boca dos populares. As corruptelas podem mesmo tornar difíceis as respectivas identificações.
Apesar de tudo, teremos de concluir que o nosso povo tradicional falava vernáculo. Pelo menos outrora, sabia usar uma linguagem rica e até supreendentemente categorizada. Seria por influência da (relativa) vizinhança da Universidade de Coimbra, como já aventei? Mas o tempo passou, parece que não escampa, e agora não sei bem como é. Estamos sob a influência massificadora da televisão. Reinará a linguagem bué de cool?

Arsénio Mota

23 de julho de 2005

PEQUENO CONTRIBUTO PARA A POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO CONCELHO

Nota introdutória:
Ele parece que adivinhava: desde ontem, creio, que o site da Câmara apareceu de cara lavada (era um nojo, como alertou um jovem - e por isso transitório - membro da maioria na Assembleia Municipal). Site esse que até remete para este outro, elaborado pelo próprio Departamento de Planeamento, Sistemas de Informação Geográfica, Topografia e Desenho – GPSIG e que agora é objecto deste meu 1º contributo.
De facto e após demasiados anos a fechar os olhos às novas tecnologias, o Sr. Presidente lá concedeu, há uns escassos meses, em desbloquear e apoiar o início da lenta fuga à péssima qualidade dos sites das câmaras municipais do país. Ainda assim, o site da nossa CM está longe dos “10,7% dos municípios que permitem o preenchimento de formulários on line ou a consulta de processos por esta via” (1).

Mas vamos ao que interessa, dando algum cumprimento à Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e do Urbanismo, estabelecida pela Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto, de que ressalto a necessidade de reforço da coesão nacional, de forma a assegurar o aproveitamento racional dos recursos naturais, a preservação do equilíbrio ambiental, a humanização das cidades e a funcionalidade dos espaços edificados (como é bom exemplo o edifício dos Paços do Concelho, obra que defendi com unhas e dentes na AM e naquele sítio).

O que é e quem é o GPSIG:
A nossa CM dispõe dos seguintes serviços: A) de apoio (ao Presidente, jurídico, de emergência e protecção civil e de relações pública); B) administrativos e financeiros; C) técnicos de águas, saneamento e ambiente; D) técnicos de obras e urbanismo; E) para o desenvolvimento económico, social e cultural.
Compete ao GPSIG, entre outras funções e a crer no "Regulamento Interno dos Serviços, Quadro da Estrutura Orgânica e Organigrama da CM de Oliveira do Bairro" (2): apoiar as divisões e os departamentos e demais serviços na especialidade de planeamento, informação geográfica, topografia e desenho, de acordo com os múltiplos planos e prioridades do Presidente; sim, dele e só dele, ou que pensam?
Coisa de pouca monta.

O GPSIG não passa dum “gabinete” dependente, quer do departamento de águas, saneamento e ambiente, quer do departamento de obras e urbanismo, e a ele estão adstritos, a bem dizer por um imprevisível fio:
- uma técnica superior licenciada em planeamento regional e urbano, a afável, mas temente “adeus” dra. Joana Almeida, única funcionária do quadro do gabinete, competente e, na verdadeira acepção da palavra, muito prestável (além de motoqueira e adepta ferrenha do simpático Vilaverdense), a qual vem sendo assessorada pelos seguintes periclitantes colaboradores:
- um geógrafo, o eng.º João Pinto (em estágio probatório de 1 ano, sujeito a avaliação por 1 júri e para cuja função existe vaga);
- outra licenciada em planeamento, a dra. Teresa Coutinho, que está de esperanças no estágio profissional de 9 meses, na condição de contratada pelo Centro de Emprego e para a qual não existe vaga, salvo se for colocada como “Técnico não Adjectivado”, que é aquele baldezão onde cabe tudo e mais alguma coisa;
- um técnico profissional de SIG (sistemas de informação geográfica), Rui Simão e o meu “colega” e
- técnico de programação, Jhony Martins, afecto à área de informática e desenho da Câmara e que vem emprestando as mãos e o mouse ao departamento.
Se a Joana Almeida e a sua equipa concorressem para as autarquicas2005, mesmo sem tk, votava neles de certeza.

Trata-se duma equipa jovem e por isso mesmo excelente, coesa e empenhada, apesar de vir travando uma luta que já julgariam perdida, não se desse o caso das eleições estarem à porta e o actual todo poderoso líder estar de abalada que se faz tarde. Isto sou eu que o digo, à minha responsabilidade e da minha alta recreação, que há anos entro portas adentro depois de pedir licença e me instalar para vasculhar tudo o que é papel, escrito ou em peça desenhada e bem sinto no ar um subliminar temor reverencial à “Comissão das Altas Instâncias” (3).

Já sei que 2ª feira, a horas que ainda não sei, o meu amigo Dr. Gala me vai querer puxar as orelhas, em vão, que muito vai ter de me ouvir até ao momento final, que é o (vamos a ver…) do cachimbo da paz que eu trouxe da puta da guerra, cujos valores ele recentemente reciclou nas minhas barbas e nas de muitos camaradas/combatentes, ainda por cima em frio ferro como o das armas sem cravos vermelhos e das viaturas retorcidas pelas infames minas e acidentes.
Seja.

Com o neófito agreement e oportuno apoio do meu Amigo, a rapaziada atirou-se de corpo e alma (terão mesmo acontecido alturas em que o apoio técnico às divisões e demais departamentos ficou à espera de melhores dias…) à construção do site concedido à Câmara no SIG, sempre com a boa ajuda dos meios tecnológicos disponibilizados essencialmente pelo SIGRIA (sistema de informação geográfica da ria de Aveiro) e no âmbito da AMRIA (associação dos municípios da ria de Aveiro), tudo organismos da invenção do demo e duns quantos esquerdistas da CDU, do PS e do PSD.
O site, esse, foi nado e criado pela equipa do GPSIG e ponto final!

Acorrei a ele em
http://www.sig.cm-ob.pt/ e agradeçam à equipa que vos dei a conhecer – e só a ela – é este o meu conselho de Amigo de vocês todos.

À laia de “comments” que irão chegando, explicarei como usufruir de tão excelente instrumento de consulta e trabalho: ele é o PDM (cá fora, à espera da 2ª revisão), ele são as várias plantas, ele é a toponímia, ele é muito mais, que os técnicos até no terreno trabalharam: a fazer o levantamento das cérceas, do estado, ocupação e uso das construções (com o seu reporte ao n.º dos respectivos processos quando havia placas identificadoras no local da obra em curso), vias, n.ºs de polícia, localização dos eco pontos, bocas de incêndio e PT’s.
O link da toponímia até tem ortofotos á escala 1:2000 e vai-se lá por dois caminhos.
Só falta lá meter as categorias das classes correspondentes aos espaços urbano, industrial, florestal e agrícola, que estes estão acessíveis. O trabalho de casa está feito, falta o sim da SIGRIA.

Ó Alcides Freitas, isto até parece a América do actor/governador do teu estado, cujos gabinetes técnicos tão bem conheces!

E Boa Viagem, ó injustiçados bloguistas deste blogue e do
http://www.autarquicas2005.tk/,

Que eu vou com as aves.

*
(1) Ler “Câmaras na internet deixam muito a desejar”, revista Mega Ideia, n.º 14, de Julho de 2005, pág. 8.
(2) Diário da República, apêndice n.º 100 da II, n.º 181 do dito DR, a págs. 49 e segs.
(3) citado de “A Febre de Urbicanda”, de Schuiten e Peeters, edições 70, obra adquirida por este escriba em Aveiro, aos 8/11/90, já o Sr. PC dominava.
*
Oscar de Bustos (21 e 23-7-2005, tendência TK)

22 de julho de 2005

PROPAGANDA FRUSTRADA ....IMPEDIDO LEVANTAMENTO DE MUROS NO “COMPLEXO” DESPORTIVO DE BUSTOS



Com a avidez de “mostrar” obra, a dupla (Gala & Leontina) bem tentou murar o futuro campo desportivo. Máquinas, tijolos e brigada de trabalhadores poderiam ser alguns dos ingredientes a compor a foto-anúncio do início das obras …
Só que a União Desportiva de Bustos bloqueou a montagem do “circo de propaganda partidária”.
Constrói o campo quem ganhar as eleições, foi o ditame do bom senso de quem tem sido lesado.
Ainda estamos recordados do serviço de máquina, executado em véspera das autárquicas, no terreno destinado ao Bairro Social do Cabeço. Que intervenção foi feita neste mandato? (Consultar: Bustos - do Passado e do Presente, 24.02.2005, Bairro Económico do Cabeço: Uma Vergonha!, de Oscar Santos) aqui
Uma nota – Existe projecto do complexo desportivo da UDB? Pode ser divulgado?
Apenas se conhece a maqueta inicial, divulgada pelo desdobrável datado de 10.07.2005, “ELE FOI EMBORA”, de Milton Simões da Costa, (conhecido por Milton Costa).
.

Será oportuno reler o excerto de Belino Costa: aqui
"– Querem fazer-me acreditar que sou a Primeira mas eu sei que só poderei usar tal apelido quando aqui chegar, pelo menos, a Segunda. A Segunda Pedra. Para já mais não sou do que um embuste. Faço de conta que a segunda pedra está para chegar e o Parque Desportivo em vias de construção!
– Há pelo menos uma intenção!
– E intenção passou a ser obra? Existirá qualquer calendário para a sua execução?
(in “As pedras falam, falam …”, 3.04.2005; editado no blogue "Bustos – do passado e do presente")
. ..
Sérgio Micaelo Ferreira

21 de julho de 2005

Subiu ao céu mais uma das Estrelas da Revista "Bustos em Cuecas"


Apagou-se uma das 3 grandes sobreviventes deste friso de jovens bustuenses da Revista “Bustos em Cuecas” (1937).
Ainda de pé, agarradas ao chão da terra/mãe, restam a Clarinda, que vive em Fermentelos, terra do marido e a Lavínia, que vive perto do Barrilito, na Rua de S. João.
A Família estava à espera (e como custa esperar...) e é hoje que vai a enterrar, pelas 19 horas, Maria Rosa Simões Pedreiras - a Maria Rosa do Tarrafo, mulher do Ti Mário da Barroca e mãe da Dorinda Capão, gente boa da Póvoa.
Sou do tempo em que os meus Pais, o meu tio Figueiredo e a minha Avó, traziam à lembrança na lareira grande os tempos que marcaram Bustos e fizeram dele a Terra que ninguém nos roubará. Imagens e usanças que nos moldaram os corpos, as almas e as inquebráveis RAÍZES.
Um abraçado beijo à Dorinda, mulher de armas, de luta pelas festas de Bustos e pelo associativismo local, solidária até dizer chega, guerrilheira mor da Guerra que o Povo moveu contra o aterro de resíduos tóxicos, em 1994, que aquilo doía mais às mães, era vê-las a cuspir na Ministra do Governo da Nação, que o resto não digo e o momento é de recato e luto.
Este blogue, pela mão do que o antecedeu http://bustos.blogs.sapo.pt, já lembrou o Ti Mário da Barroca (29/12/2004) e a indelével revista (29/4/2005 e 11/12/2004).
Ainda me ardem os olhos do fogo vivo que o fole de ferreiro do Ti Mário jorrava no carvão.
Quem os lembra bem, aos costumes e pilares, é o Arsénio de Bustos, em obra farta.
*
E as mães
onde estão elas?
As mães rezam as mães
cosem farrapos de dor
as mães gritam
choram
uivam
no espesso rio de um sono
já quase só animal
(Alexandre O'Neill, que foi casado com a sofredora ministra)
*
Oscar de Bustos

Já vi desculpas piores



Oscar de Bustos

20 de julho de 2005

CHÃO NOVO NA BIBLIOTECA DE BUSTOS, Finalmente ...

O soalho da saleta anexa do Salão está a ser substituído por piso flutuante.
A decisão tomada pela Direcção da Associação de Beneficência e Cultura (ABC) partiu de proposta apresentada por Lino Soares. “Já não se admite este soalho na casa de um pobre“, declarou.
Prazeres Duarte, encarregada do funcionamento da “biblioteca”, bem telefonava para Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro, a informar o estado precário do chão, sem resultado …
Consta que o apodrecimento resultou do facto de não haver circulação de ar na superfície inferior do soalho.
Terá chegado o momento de pensar na deslocalização da Biblioteca, para espaço funcional atraente, e que albergue a extensão de Aveiro Digital? Hoje não se compreende o seu funcionamento sem ter acoplado serviço informático, como hoje acontece em Bustos (a Biblioteca no Adro, a Internete na Casa da Freguesia).
A 'Pobre Biblioteca' mereceu tratamento de Belino Costa, em ‘Bustos – do passado e do presente’, de 15 Fevereiro 2005, aqui
.
Sérgio Micaelo Ferreira

O OUTRO LADO DO MURO


Uma parede de tijolos sem reboco, um passeio degradado com grandes crateras, pedras levantadas e ervas daninhas. Bem podia ser um cenário suburbano, nos arredores de uma grande cidade, especialmente tendo em conta os coloridos grafitis com que diligentemente foram decorando a enorme e deselegante parede, mas não.
Trata-se de uma imagem de Bustos, é o retrato exterior de um dos muros (lado do Colégio) em volta do campo de futebol. É um outro lado da realidade, o outro lado do muro. O que não se vê quando estamos sentados na bancada central.

bc

19 de julho de 2005

DIA 25 (16H00) - ARSÉNIO MOTA RECEBE PRÉMIO “CARLOS DE OLIVEIRA”

Integrada nas comemorações do feriado municipal, a Câmara Municipal de Cantanhede procederá à entrega do Prémio a Arsénio Mota, autor da narrativa “Quase Tudo Nada”. A sessão solene, marcada para as 16H00, certamente terá os atrasos já vulgarizados em outras circunstâncias e outros lugares do rectângulo.
O prémio alcançou a unanimidade do júri devido à “elevada qualidade da obra, bem como a universalidade da temática abordada”. (Beiras online) aqui aqui

Ainda do Beiras online:
“O júri foi constituído pelo Vereador do Pelouro da Cultura, Dr. João Moura, na qualidade de presidente, Ana Paula Arnaut, professora da Universidade de Coimbra, Idalécio Cação, em representação do Centro de Estudos Carlos de Oliveira, e Luís Serrano, personalidade do meio literário especialmente convidada pelas entidades promotoras do Prémio Literário.”
Por certo, haverá mais um título a rechear a “sua” Biblioteca Fixa nº 26 (a mais antiga da Bairrada).

Sérgio Micaelo Ferreira

1º TORNEIO INTERNACIONAL DE FUTEBOL DE 7 FOI CHÃO QUE DEU UVAS

Apesar do mau ano agrícola - que os engenheiros do ramo atribuem à seca que se tem feito sentir por estas bandas - o Torneio organizado sob a batuta omnipresente e omnipotente do dótô Fernando terminou em grande. E já vos conto porquê:

1º- Os Infantis A (alguns em idade A2) dos nossos vizinhos do "S.R.C.D. El Burgo" venceram na final o Nariz (alguns em idade A3), assim se consumando o objectivo de bem receber os nossos irmãos da Galicia. Até neste particular fomos duma irrepreensível hospitalidade, bem ao jeito do "toma lá, dá cá".

Juro que eles adoraram e saíram de cá mortinhos
por voltar sempre.
Como diria o Che, "Hasta la vitoria, siempre!"

2º- A melhor equipa da UDB, os genuínos Infantis B, arrazou na final o Nariz. Aquela muidagem tem um excelente fio de jogo e desde já aviso o Fernando para se precaver, não vá o Dr. Acílio Gala sacá-los para um dos grandes do campeonato dele. Tudo, menos isso.
Viva a UDB! Abaixo a alma do Diabo!

Entretanto, os "meus" Infantis A ficaram no 3º lugar, vencendo o Argoncilhe. Para quem apenas sofreu uma derrota perante os matulões do Burgo, bem mereciam ir à final bater o pé aos
nossos irmãos galegos. Lá que a nossa malta joga melhor futebol, há que reconhecê-lo, mesmo que o maior gozo esteja em partilhar o empenho e amor à camisola de toda a miudagem que participou no torneio.

3º- O Paços de Brandão (Escolas B) e o Valecambrense (Escolas A) também foram campeões nos respectivos escalões, ficando a UDB em 3º nesses 2 escalões da pequenada.
De registar a presença do Vilaverdense na última jornada, vencendo a penalties o Pontepasaxe (3º lugar dos Infantis B) e conquistando ainda o 4º lugar em Escolas A, em jogo perdido a penalties a favor da pequenada da UDB
.

  1. Foi uma Festa!
    Ainda que tenham faltado umas taças,
    perdidas na burocracia dessa coisa
    que é organizar Torneios e outras campanhas.

Aqui ofereço um conselho ao Presidente da UDB: ou segue as minhas pisadas dos tempos de rapaz novo, regressando às origens anarquistas (1), ou é melhor distribuir as tarefas com o rigor que reconhecemos aos candidatos do PSD e do PS à Câmara: tudo ao milímetro, sem improvisos do tipo samba na Praia de Ipanema.

4º- Achei genial a ideia de levar a malta para a Feira do Sobreiro refastelar-se num cervo assado no espeto. Amigo dr. Acílio Gala: não vale a pena insistir, que a sua (e do Presidente da Junta) oportunidade de comprar aquele espaço já foi chão que não deu uvas. Aquilo agora é das massas populares, negócio feito, só falta pedinchar a verba para saldar a dívida.

No entretém, vitivinicultor frustrado, saquei de 2 garrafões (um de jeropiga e outro de boa bagaceira) e ofertei-os ao Xabier lá do Burgo. E assim se vai a Bairrada redimindo dos pecados da falta de marketing político. Qual Fiacoba, qual quê!

Contra o que eram os meus receios, as instalações do Colégio serviram às mil maravilhas e os convidados especiais percorreram agradados a região; somos nós a querer fugir para Vigo e restante Galiza e eles mortinhos por assentar arraiais no Sobreiro.

Para atingir esse ecuménico objectivo de alojar tamanha imigração, proponho a quem de direito que se avance já com o Plano de Pormenor da Zona Central e de Expansão do Sobreiro, de que vos lego esta proposta futurista:
- Estudo Prévio de Dez/98: apartamentos existentes + propostos = 452;
- Estudo Definitivo de Fev/2000: apartamentos existentes + propostos = 660;
- Estudo Definitivo de Maio/2003 (em resposta ao Estudo do Milton Costa, intitulado "Uns ganham e outros perdem"): apartamentos existentes + propostos = 717.

Sempre a subir, como é próprio do progresso!

Quanto às habitações unifamiliares, previstas e propostas naqueles andamentos:
- Estudo Prévio de Dez/98: 287;
- Estudo Definitivo de Fev/2000: 286;
- Estudo Definitivo de Maio/2003: 269.

Sempre a descer, como é próprio do progresso!

A assistência, essa, não perdia pitada...

Uma nota final sobre a badalada ausência do OBSC: soube ontem à noite de fonte fidedigna que tudo não passou de deficiência de comunicação; o dótô não terá formalizado o convite, após conversa de trinta e um de boca com dirigentes do OBSC, o que estou em crer seja verdade e servirá para nos ensinar a fazer melhor o trabalho de casa. Valha a verdade, o Fernando Vieira é um cão de trabalho e não é fácil conseguir uma equipa de trabalho mais numerosa, que são sempre os mesmos a dar o corpo ao manifesto.
Amigo Dótô, como te disse na nossa Feira: tal como o Milton, também tu és primo do Gala, ele de sangue e tu de têmpera: queres fazer tudo sozinho e à fina força.
Para, escuta e olha, que, para ele(s), Inês é morta.

E, lembra-te do que te disse lá: se oferecerem 500.000€ à UBD para o complexo desportivo, não hesites em dar outra vez o teu nome prá lista deles (de preferência em 1º, na vez do teu Colega). Mas exige contrato prévio e reduzido a escrito pelo teu Advogado, que faço questão de ser eu. À borla.

Por agora, aproveita e vai com as aves; elas chamam-te.
*
(1) Cito-te o meu querido M. Bakunine, esse mesmo, o anarquista do séc. IX: “A SALVAÇÃO PÚBLICA NÃO DEPENDE JÁ DO ESTADO MAS DA REVOLUÇÃO”. Percebeste?

*

Oscar de Bustos

17 de julho de 2005

ENLACE LARANJA

Paulo Cavaleiro e Laura Pires à saída da Igreja Matriz de Oiã. Um casamento a que não faltou o líder do PSD, Marques Mendes.

LÍDER CONCELHIA DO PSD CASA EM FAMÍLIA!

É verdade, a minha querida Laura Pires decidiu que a melhor forma de festejar o início das férias judiciais e políticas seria outorgando aquele contrato que o art.º 1577º do Código Civil diz ser celebrado entre duas pessoas de sexo diferente com o propósito de “constituir família mediante uma plena comunhão de vida”. Que assim seja e para todo o sempre, que os homens com pinta vão escasseando e então se também adorarem laranja é juntar o útil ao agradável.

Como sou da família (de sangue, alto lá…) e tenho por ela uma especial empatia, vivi o especial prazer de partilhar uns bons momentos com aqueles companheiros todos (senti alguns faltosos...).
Foi lindo, acreditem!

Estiveram presentes e actuaram, quer na linda Igreja Matriz de Oiã quer na soberba Casa Resende de S. João da Madeira, o grupo “RODAFOLE” de Ançã, cujo nome advém do fole que roda e duma assim chamada (rodafole) rede de pesca da Praia da Tocha (in, “Termos Gandareses”, de Idalécio Cação). O grupo tem por detrás a Academia de Música de Ançã e esteve presente no festival ocorrido em Bustos em finais de Maio pela mão do nosso Orfeão de Bustos – o Cantábus. Tocaram temas transmontanos, ali onde as raízes da terra são mais profundas e fortes.

Do alto do coro da Igreja desciam as cristalinas vozes do grupo feminino de Coimbra “CANTÁCAPELA”, assim chamado dos cantares nas igrejas, feitos só de voz, a ”cantar à capela”.
Já a fome dos incautos apertava – que não a deste rato sabido, retardado no Silveiro a degustar o leitão saídinho do forno – quando os noivos assomam ao portal da Igreja e aí se queda a Laura, de mão dada ao seu Vereador da Câmara de S. João da Madeira, a trocar cantares de capela com as apetecíveis musas de Coimbra.

Lindo! De tão lindo, que temi ficar convertido às duas religiões ali dominantes.

A Casa Resende é um daqueles sítios telúricos que nos entra pela alma dentro sem aviso, num apelo incessante às nossas raízes: “regressa, regressa à terra mãe”.

E eu regressei, agora pela mão das “MONDEGUINAS”,
ali sentadas nas lages do granito à sombra da verde parreira. Este grupo de raparigas a que pertenceu e pertence a Laura integra a Tuna Feminina da Universidade de Coimbra; quando estudantes eram chamadas de ninfas, agora que deixaram a faculdade, de sereias. As saudades que eu tive dos meus tempos de marinheiro e inveterado pescador de robalo na boca da Barra!

Mas deixem-me falar da avó Maria Júlia, viúva do falecido Jonine Aires, um bustuense de grande dignidade e postura que decidiu trocar os nossos vinhedos e campos de milho pelos extensos arrozais dos Vales do Cértima e do Levira.
Ladina e muito lúcida, desfiou-me o rosário dos tempos modernos: “Os matériais de agora não são degradáveis”. “Dantes, depois de demolidas as casas de adobo, tudo voltava a ser terra”. Assim mesmo, com estas palavras.

Podia lá eu rematar melhor esta incursão de domingo no reino do Mendismo, eu que o vi lá!
Sim, a ele, ao Marques Mendes, que chegou a parecer-me mais alto que eu, se calhar por estar sentado com a Ti Maria Júlia a escutar-lhe, embevecido, a sua LIÇÃO DA TERRA.



A Laurinha,
essa,
pareceu-me que estava
a dar-lhes música…

*
Sê paciente; espera
Que a palavra amadureça
E se desprenda como um fruto
Ao passar o vento que a mereça


(Eugénio de Andrade, sempre ele)


*
Oscar de Bustos, manhã do dia seguinte

16 de julho de 2005

E OS MIÚDOS É QUE PAGAM!!

O Torneio Internacional de Futebol de 7 organizado pela UDB no seu velhíssimo campo Dr. Santos Pato deveria ter envolvido 24 equipas, metade delas das Escolas (A e B) e a outra metade dos Infantis (A e B).
Deveria ter envolvido mas não envolveu, já que as 4 equipas do Oliveira do Bairro Sport Clube (uma de cada escalão) não compareceram.

Salta à vista a razão dessa não comparência deste esteio maior do futebol concelhio e com créditos firmados na IIª Divisão Nacional: o Presidente da UDB, o nosso dótô Fernando Vieira, perdeu a paciência e até bonomia que sempre o caracterizaram e chamou “traidores” aos Presidentes da Câmara e da Junta de Bustos. Foi uma espécie de gota de água que fez transbordar o oceano do Desporto concelhio e da camaradagem que o impregna.

Traidores, sim, porque engodaram o Presidente da UDB e médico influente com a promessa dum campo de futebol condigno durante o presente mandato (gaita, foram 4 anos!), tudo a troco daquele se sentar – como sentou – nas bancadas do CDS na Assembleia Municipal. Ainda por cima, nas Eleições Autárquicas de 2001 o Fernando Vieira foi alcandorado ao 4º lugar nas listas centristas (?), o que bem revela do peso que Acílio Gala e Manuel Pereira lhe atribuíram dentro das suas hostes.

Mas traidores também porque deram causa a desconfianças e malquerenças entre quem luta pelo mesmo ideal de mente sã em corpo são.

Tudo isto significa à evidência que o compromisso eleitoral assumido por aqueles dois autarcas lhes deveria ter merecido uma especial atenção e um escrupuloso sentido da responsabilidade, já que não se tratou dum qualquer convite dirigido a alguém exterior ao Partido deles. Em 2001 o Fernando Vieira já então era o Presidente da UDB e, por ser médico no posto de saúde de Bustos, estava em óptima posição para influenciar o sentido de voto de grande parte da população local. Não somos propriamente míopes, surdos ou ingénuos e todos sabemos do peso enorme que os médicos têm nestas coisas de induzir (mesmo sem qualquer estímulo exterior) os seus “pacientes”.

Na recta final deste mandato (que para Bustos é sempre curto e as mais das vezes nem chega para os tremoços) e para salvar a face, o Presidente da Câmara pouco faltou para jurar pela sua simpática Família que a próxima verba disponível para o desporto iria direitinha para a UDB e para mais ninguém.
As coisas não se passaram assim e o Dr. Acílio Gala, por razões que ninguém deve contestar porque seriam sempre injustas para o OBSC, acabou por atribuir 262 mil euros a este clube , deixando no sítio do futuro complexo desportivo do Sobreiro umas simples carradas de areão, um arruamento já rasgado na terra (tão bem feitinho, que até parece cimentado, à espera dumas casitas) e uma 1ª pedra, a qual, como sabeis, é aquela que costuma anunciar as que vêm a seguir, pedra essa que aqui vos deixo, como dizia o poeta popular: (cliquem, que ela incha)


Resultado: se o ambiente entre a UDB e o prestigioso OBSC já não era famoso, acabou por cair pelas ruas da amargura! A tal ponto que a empenhada miudagem do clube da cidade - que é de todos nós, que somos oliveirenses - ficou em casa, julgo que para evitar ser o bode expiatório dos erros e malfeitorias cometidas por outros.

E que fez o Presidente da Junta de Bustos perante tal despautério? Calou-se, isto é, consentiu. Ou será mentira o que afirmo e sairá da manga do panfleto eleitoral mais uma promessa copiada a papel químico das que guardo das duas campanhas eleitorais anteriores?

Coitados dos miúdos do OBSC que bem mereciam melhor sorte, que isto de jogar à bola dá um gozo do caraças, nem que seja a feijões, quanto mais a uma taça ou medalha que a malta guarda no quarto como se fosse o Santo Graal.
E coitados dos que nestes quatro dias de futebol acabam por ganhar jogos que não jogaram, que isso da vitória regulamentar tem um sabor bem amargo.

Para que conste: nós não alinhamos na visão redutora dos que imputam ao suposto desvio dos 260 mil euros o motivo da zanga da UDB.
A razão é mais funda, é estrutural: o Presidente da Câmara e o Presidente da Junta não têm a noção do que seja cumprir promessas sagradas.

Cá por mim mandava-os dar 100 vezes a volta a cada uma das rotundas do concelho. Haviam de ver como eles nunca mais enchiam de promessas os seus manifestos eleitorais.


Oscar de Bustos

14 de julho de 2005

1ª JORNADA DO TORNEIO DA UDB

Acabou já noite o último dos jogos aprazados, entre os Infantis A da UDB e os do Burgo da Corunha. Não foi difícil aos matulões "burgueses", de azul na foto ao lado, ganharem por 4-1.
Outros resultados:
Escolas B: Bustos - 4 Arcuma (Malhada) - 1;
Escolas A: Bustos - 3 Vilaverdense - 0;
Infantis B: Bustos - 6 Arcuma - 1




A bancada central do nosso estádio encheu e o corropio da miudagem deixava no ar aquele sabor a festa genuína. O futebol da miudagem é uma festa que

faz esquecer as agruras do dia a dia

À entrada e a troco duns cobres, a malta

habilitava-se ao prémio em sorteio:

1 garrafa de champanhe, 1 de tinto, 2 chouriças e 1 broa.

A Direcção da UDB agradece

*

Oscar de Bustos

POSTAL DO ROSSIO DA PÓVOA 11 [*] COLÉGIO DE BUSTOS INVESTIGA COLECTOR SOLAR TÉRMICO

A voraz dissipação das reservas de petróleo associado ao desmesurado aumento do preço do barril, está a obrigar o País a aumentar o contributo de energias limpas, entre as quais, a solar.
O Colégio de Bustos aderiu ao projecto do Escalão Zénite para a construção de um Colector Solar Térmico.
[PDF] Microsoft PowerPoint - escalaozenite.ppt [Read-Only]Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTML
Uma nota a merecer destaque.
Domesticar a energia solar tem os seus escolhos. Quando mais necessitamos dela, para nos aquecermos no Inverno é quando o Sol falta. Além disso, a eficiência do aproveitamento da energia solar, está condicionada às condições naturais.
Apesar das condicionantes, o engenho e arte podem atingir alguns sucessos, se for seguida uma regra já antiga “muita transpiração e uns poses de inspiração”. Ou parafraseando Aquilino Ribeiro no seu ex-libris: “alcança quem não cansa”.
...
Além disso, a actividade deste projecto proporciona o desenvolvimento da vertente experimental no Ensino Secundário que irá por certo irá despertar nos alunos o «bichinho» da investigação científica.

Que a teimosia não abandone os jovens investigadores.
E que não sejam esquecidos apoios ...
.
Sérgio Micaelo Ferreira
.
[Rossio da Póvoa, um topónimo em recuperação]**
**Actualmente, 'Rossio da Póvoa' tem dupla identificação: 'Largo da Póvoa' e 'Largo Sr. dos Aflitos'

BLOG DAS ELEIÇÕES AUTARQUICAS

É um novo blog intitulado, “Blog das Eleições Autárquicas 2005 em Oliveira do Bairro,” e pode ser visitado aqui.
Segundo o seu autor, que não se identifica, este “Blog visa proporcionar um espaço de debate de ideias, troca de opiniões com carácter informal para pessoas interessadas em reflectir, analisar, discutir e perspectivar as mais diversas matérias que se cruzam no âmbito das próximas eleições autárquicas. Um espaço de reflexão para pessoas preocupadas e interessadas em olhar para o seu Concelho, porque o vivem e sentem, e consideram ser este um espaço de cidadania que deve merecer a sua atenção. “

Parece que depois de ter sido preterido como candidato à Presidência da Câmara Levi Malta não vai permitir que a campanha eleitoral lhe passe ao lado. Ou talvez queira dizer que há vida para além dos partidos. Enfim, suspeitas!

bc

“JB” CENSURA SILAS GRANJO

O “Jornal da Bairrada” recusou publicar o texto onde Silas Oliveira Granjo explica as razões que o levaram a cobrir com um pano negro o busto do professor José Oliveira, já aqui publicado no passado dia 12 (“Um Protesto Muito Especial”).
O “JB” ignorou o pedido de publicação, negou o direito de resposta, optou pelo silêncio. Vale a pena aqui reproduzir a carta que Silas Granjo dirigiu ao semanário:

Caro sr. Armor Pires Mota

Envio, com pedido de publicação, o pequeno artigo em anexo. Desejava fazer, porém, um reparo quanto à deontologia do jornal cuja redacção chefia. Embora saiba o JB desde sempre empenhado na defesa e promoção intransigente, e desavergonhadamente sem limites, do actual presidente e respectiva equipa, acho demasiado óbvio que ao lado duma notícia que não saiu ainda, venha já uma reacção do potencial visado. Se quis ‘investigar’, porque não ouviu a outra parte? Para este tipo de actuação há dois adjectivos: louvaminhas e lambe-botas.Já sei que vai já mostrar isto ao dr. Acílio Gala. Também integra o imenso órgão que constitui os olhos e os ouvidos do presidente, uma verdadeira PIDE autárquica. Agradecia que me enviasse a reacção dele que vai certamente publicar, para eu ripostar, e assim se desenvolveria alucinantemente uma história que a todos iria interessar e que ficaria para a memória do jornalismo mundial como altamente inovadora.
Cumprimentos

Silas Granjo

REGIÃO BAIRRADINA

Região Bairradina” é o título de um semanário de informação regional, publicado em Anadia, com direcção de José Pereira Vinhal, que tem também uma versão digital.
Com textos curtos e incisivos o jornal (pode ser consultado clicando aqui), dispõe de secções relativas aos vários concelhos bairradinos e não só. A informação é vasta, variada, de fácil consulta, e entre os destaques da última edição (a 16ª) encontra-se a atribuição do prémio literário Carlos Oliveira ao escritor bustuense Arsénio Mota. Vá até lá e adicione o endereço aos seus Favoritos

SOCIALISTAS APRESENTAM CANDIDATO

Acácio Oliveira, de Oiã, foi ontem apresentado como candidato do Partido Socialista à presidência da Camâra Municipal de Oliveira do Bairro. Por sua vez Henrique Tomás, professor do Ensino Secundário, residente no Silveiro, irá liderar a candidatura à Assembleia Municipal.

13 de julho de 2005

A “TRAIÇÃO” DO “AMIGO PEREIRA”

“NA HORA DA VERDADE ELE FOI EMBORA”
Li a notícia publicada no Jornal da Bairrada de 7 de Julho sobre a intervenção do Presidente da União Desportiva de Bustos (UDB), Fernando Vieira, na última Assembleia Municipal onde este manifestou a sua desilusão com a atitude do Presidente da Câmara, do Vice-Presidente da Câmara e do Presidente da Junta Bustos em relação à UDB. Não fiquei surpreendido com a notícia porque o Presidente da UDB tinha dito sensivelmente o mesmo no dia anterior, na Assembleia de Freguesia de Bustos, onde pediu ao Presidente da Assembleia, José Manuel Domingues, que encetasse esforços no sentido de pedir à Câmara uma verba adicional para a construção do novo Campo de Futebol da UDB. Na mesma altura Fernando Vieira também pediu ao Presidente da Junta, a quem chamou de “amigo Pereira”, que renunciasse à sua recandidatura à Junta de Freguesia de Bustos se a Câmara não disponibilizasse tal verba.
Em resposta o Presidente da Assembleia de Freguesia prometeu escrever à Câmara e pediu ao Presidente da Junta que se pronunciasse sobre aquilo que ele pretendia fazer. O Presidente da Junta corou, olhou para uns papéis e não dissse uma palavra. O Presidente da Assembleia de Bustos, não sendo um político profissional, cometeu um enorme erro ao perguntar ao “amigo Pereira” o que pretendia fazer sobre o problema de falta de verbas para a construção do novo campo de futebol. Sem querer desferiu um duro golpe na credibilidade do Presidente da Junta, que nunca se manifestou publicamente contra qualquer decisão da Câmara, mesmo que retirasse verbas ou obras a Bustos.

Fernando Vieira vendeu a alma ao Diabo e perdeu; este homem nunca pertenceu ao partido da Câmara e da Junta (pertencia a outro partido), admite que aceitou candidatar-se à Assembleia Municipal para que o Campo de Futebol da UDB fosse construído. Descobriu agora que o Presidente da Câmara faz promessas hoje que esquece amanhã.
Neste caso considero que Fernando Vieira e a UDB têm toda a razão em estarem ofendidos. Penso, no entanto, que a Câmara não vai abandonar o “amigo Pereira” na sua senda pelo poder (a Freguesia agora e a Câmara daqui a quatro anos). Antes das eleições, provavelmente, a Câmara ainda vai dar verbas adicionais para a construção do campo de futebol, mas mesmo que o faça não irá recuperar a credibilidade e dignidade neste caso.

O Presidente da UDB até chamou traidores ao Presidente e Vice-Presidente da Cãmara. Eu, que nunca cheguei a dizer directamente uma coisa dessas no meu texto sobre o Plano de Pormenor, fui julgado com a acusação de ter difamado (ou desonrado) o Presidente da Junta de Bustos.
Referindo-se ao Presidente da Junta, Fernando Vieira disse: “Na hora da verdade ele foi embora”. Ele não foi embora porque, verdadeiramente, ele nunca esteve com o povo de Bustos. As pessoas percebem é que ele continua a tentar subir na sua escalada pelo poder (os tais “...voos mais altos” de que falou em Assembleia Municipal o Advogado dele e deputado desta Assembleia, Jorge Mendonça). Aos olhos de muitas pessoas essa é a única razão que explica ele nunca ter votado na Assembleia Municipal contra a Câmara quando se tratava de defender Bustos.
Dizem que eu impedi que o “amigo Pereira” fosse candidato à Câmara em Outubro próximo, pelo que lhe terão oferecido como “prémio” o terceiro lugar nas listas das últimas eleições Legislativas. O resultado foi a derrota do seu Partido, em Bustos e no concelho.

Na entrevista ao Jornal da Bairrada, Fernando Vieira também diz: “Quando ele (o amigo Pereira) se sentiu ferido na sua integridade, nós estivemos lá a dar-lhe apoio e agora como paga, recebemos o desprezo”. Fernando Vieira refere-se ao meu texto sobre o Plano de Pormenor do Sobreiro e à revolta do povo do Sobreiro contra tal Plano. Infelizmente o Jornal da Bairrada censurou o resultado do julgamento em que o Juiz disse que ficou “essencialmento provado” o que eu tinha escrito. Ou seja, ficou provado que o “amigo Pereira” esteve envolvido na elaboração do Plano desde 1997, assim como ficou provado que foi um dos grandes beneficiados com esse Plano. Na altura o “amigo Pereira” era o potencial candidato à Câmara e não interessava ao jornal divulgar a notícia. Agora, o mesmo jornal, divulgou a sentença do patrão da “Só Argilas”, que foi condenado por ter difamado o Vereador Fernando Silva, porque lhe interessava defender a Câmara.

Fiquei magoado por saber que o Presidente da UDB e, se calhar, os outros membros dos corpos directivos do futebol de Bustos, apoiaram o “amigo Pereira” e pensaram que eu era culpado de mentir e difamar. Espero que tenham aprendido que eu não minto.
Há traidores à solta, mas eu não sou um deles. Acho vergonhoso que tenham faltado à promessa de construir à UDB um novo campo, sobretudo sabendo-se o enorme peso que teve o apoio político do Presidente do nosso Clube.
Será que Fernando Vieira e a UDB foram também traídos durante o lançamento da “primeira pedra” do novo campo de Futebol? Onde estão gravados os nomes do Presidente da Direcção e/ou o do Presidente da Assembleia da UDB? Será que é proíbido lembrar pessoas de Bustos?

Um cidadão de Bustos perguntou-me há tempos porque é que eu escrevia textos a criticar o “amigo Pereira”. Disse-lhe que eu não critico, digo a verdade, e perguntei-lhe se ele alguma vez esteve sentado no banco dos réus durante sete sessões dum julgamento por ser acusado de praticar um crime que não cometeu. Ele disse que não. Perguntei-lhe a seguir o que faria ele se estivesse no meu lugar. Ele respondeu-me, mas eu não devo divulgar essa resposta. Não sou vingativo ou pelo menos não sou tanto quanto o “amigo Pereira” que me levou a Tribunal por dizer a verdade. Se eu fosse vingativo tinha-o metido em Tribunal por falsas declarações perante o Juiz. Se fosse como ele já tinha feito uma denúncia ao Ministério Público por falsas declarações. É que o “amigo Pereira” mentiu o suficiente para eu ter sido aconselhado por vários Advogados e outros, a denunciá-lo. O “amigo Pereira” deve saber que este tipo de crime (a falsidade de depoimento), dá uma pena de prisão até 3 anos e é por isso mesmo que só cai no esquecimento da lei ao fim de cinco (5) anos...

Eu pertenço ao povo de Bustos, gosto da minha aldeia, gosto da UDB (fui Presidente da Assembleia Geral nos anos difíceis, acompanhado pelo meu amigo Óscar Aires, numa altura em que poucos queriam dar a cara) e admiro a dignidade e o trabalho dos actuais membros directivos da UDB.
Gostava que pessoas com honra e dignidade continuassem, como antigamente, a trabalhar por uma Aldeia que merece ser amada e defendida, pelo grande respeito que nos merecem os nossos antepassados, que fizeram de Bustos uma terra diferente das outras.
Não chamo traidor a ninguém, mas desafio o actual Presidente da Junta de Bustos a meter-me novamente em Tribunal, por qualquer coisa que eu tenha escrito que não seja verdade. Como disse Jesus de Nazaré, “a verdade libertar-vos-á”. Pois a verdade libertou-me e irá sempre libertar-me.
Finalmente, prometo que não irei falar do meu julgamento nos próximos textos. Há outras coisas para dizer tão mais interessantes quanto esta deslealdade para com a UDB e que mostram claramente a falta de dignidade de algumas pessoas. Há coisas que têm de ser ditas, a bem da Verdade e da Justiça. Quero também sublinhar que mencionei pessoas mas não referi partidos políticos.

Milton Simões da Costa

12 de julho de 2005

POSTAL DO ROSSIO DA PÓVOA - 10 ||||||| CIRCULAR PELA VILA

Bustos
Um aspecto da Rua 18 de Fevereiro
A primeira bicicleta (antes de Águeda) foi manufacturada em Bustos. Na oficina do Sofia (Barreira). Foram conhecidas várias oficinas de reparação das «burras».
Hoje, os “bons” governos da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal não tiveram o cuidado de desenvolver zonas de pistas de bi-ciclistas, aproveitando a suavidade do terreno.
Em vez disso, o que há? O trânsito pesado está a usufruir de ruas requalificadas para criar ambiente urbano. Uma contradição que o actual poder local nos vai habituando.
..
Enfim, basta de sonhos.
Vamos ficar por uma certeza:
a novel "Rua do Coveiro", recentemente proposta pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia na última sessão da Assembleia de Freguesia e aprovada pela fracção CDS, será a grande realização política em fim de mandato.
..
Sérgio Micaelo Ferreira
Rossio da Póvoa, um topónimo histórico - em vias de recuperação.

UM PROTESTO MUITO ESPECIAL

Clique na imagem para a ampliar

Foto publicada no último Jornal da Bairrada acompanhada ainda pela seguinte nota “explicativa”:

Enxovalho
“Entretanto, segundo JB apurou, o pano, que envolvia o busto do professor José de Oliveira, foi retirado, nem mais nem menos, na última segunda-feira, pelo presidente da Câmara, Acílio Gala, natural e residente na freguesia do Troviscal, por entender que "tinha sido praticado um acto de puro vandalismo", pois que, adiantou, "trata-se de um acto que ofende as pessoas, uma vez que o busto é património municipal e deve ser respeitado por todos e, por isso, não merecia ser enxovalhado ".


História Breve de um ‘Enxovalho’

Pela leitura da página 3 do último número do Jornal da Bairrada (7 de Julho), fiquei a saber que o meu protesto contra a leviandade e o nepotismo, que concretizei cobrindo de preto o busto do professor José d’Oliveira, humilhado num dos seus descendentes, foi angelicamente interpretado pelo sr. presidente da Câmara de Oliveira do Bairro, dr. Acílio Gala, como um ‘acto de puro vandalismo’. O JB apressou-se a ir mostrar ao seu patrão a ‘infamante’ fotografia, para que não faltasse uma pronta reacção, mesmo sem procurar saber qual a razão de tal ‘enxovalho’, como servilmente lhe chamou em perfeita sintonia com os pensamentos do chefe. Já que o prestimoso jornal, das alturas olímpicas da sua imparcialidade, não quis informar os seus leitores da razão de tão insólito acontecimento, terei de ser eu a fazê-lo.

Numa Câmara onde o compadrio e o pagamento de fretes políticos parecem ditar a contratação de pessoal, com total indiferença pelo seu mérito, o dr. André Granjo, apesar do seu currículo invejável – que inclui, por exemplo, um estágio de nove meses na Delegação Regional da Cultura do Centro, com nota de muito bom e recomendações de excelência – apesar da sua criatividade, do trabalho desenvolvido, quer nas suas funções de Técnico Superior Estagiário, na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, quer à frente da Banda da União Filarmónica do Troviscal, e dos apoios que conseguiu granjear, e que deu ao dr. Acílio Gala a ideia e o impulso vital para a criação das duas obras mais emblemáticas que este autarca realizou no Troviscal, como são a Escola de Artes da Bairrada e o Museu de Etnomúsica da Bairrada, este em fase de acabamento, o dr. André Granjo, dizia, viu o seu estágio de ano e meio na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro chumbado por um júri de marionetas manipulado por um presidente de menos que medíocre estrutura intelectual e moral. O enredo de opereta foi escrito por uma tal Ana Paula Assunção, mestre em avenças e intrigas maquiavélicas. Com este gesto, o dr. Acílio Gala lançou a primeira pedra no túmulo obscuro que a história lhe reserva. A longa história desta enormidade já está escrita e, de uma forma ou de outra, chegará brevemente ao conhecimento de todos os munícipes.

Fica, desde já, uma correcção. O monumento não é património municipal, como candidamente afirma o sr. presidente da câmara. O monumento, na sua totalidade, foi erigido em 1972 por iniciativa de um grupo de ex-alunos e antigos membros da Banda Escolar do Troviscal, que, para o efeito, realizou um peditório público. O Dr. Acílio Gala deve ter sido dos poucos que para ele nada contribuíram. O único contributo que a autarquia deu foi a sua trasladação do local em que se encontrava (Assembleia Republicana do Troviscal) para o local onde agora se ergue. Não me surpreende, porém, que o sr. presidente da câmara julgue ser dono do busto do professor José d’Oliveira, depois de ter feito o mesmo com um lote urbano de minha propriedade, mandando lá instalar, sem minha autorização e à sorrelfa, uma estação elevatória de efluentes líquidos.

A escolha desta forma de protesto que simbolicamente escolhi, cobrindo com um pano preto o busto do insigne professor e maestro, e que o dr. Acílio Gala, com risco da própria vida, qual Mouzinho de Albuquerque enfrentando as frechas bárbaras dos vândalos nativos, corajosamente removeu, essa forma de protesto, dizia, tem a sua razão de ser. Numa terra cuja população teima em não deixar apagar a memória de um músico que marcou indelevelmente a sua história, erigindo-lhe um monumento 30 anos após a sua morte, aparece agora um presidente de câmara que pactua com a ideia, tão idiota como ilegítima, de exigir a um seu estagiário o abandono da direcção da banda da sua terra, por pretensamente colidir com as funções que este exerce na câmara, e, face à recusa, acabar por promover o seu afastamento.

Silas Granjo

11 de julho de 2005

PRÉMIO CARLOS DE OLIVEIRA/2005” PARA ARSÉNIO [UNANIMIDADE] MOTA


O júri do «Prémio Carlos de Oliveira», composto por cinco elementos, decidiu distinguir por unanimidade a narrativa inédita «Quase Tudo Nada», de Arsénio Mota.
O prémio foi atribuído pela primeira vez por iniciativa do Centro de Estudos Carlos de Oliveira e da Câmara Municipal de Cantanhede e a ele concorreram uns doze romances inéditos.
A entrega do prémio – no valor pecuniário de 5.000 euros – tem lugar no dia 25 próximo, em sessão a realizar em Cantanhede. (*)
A distinção ainda implica a publicação do livro.
Os actuais detentores do Poder da Junta de Freguesia de Bustos e da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro que menosprezaram Arsénio Mota durante a passagem pelo meio século de escrita publicada, irão de propor, aprovar, endereçar e divulgar um voto de louvor ao vencedor do recente prémio?
Para quando a criação de simpósios, colóquios ou ciclos sobre autores promovidos pela Biblioteca Municipal a realizar em vários locais do concelho?
Ainda não "pulsa dinamicamente" a vontade política de criar um Centro de Estudos "Arsénio Mota"?
A concessão do prémio a Arsénio Mota não incomoda os actuais decisores da política seguida para a Biblioteca Municipal de Oliveira do Bairro, tantas vezes questionada pelo autor de Bustos?
Através de Notícias de Bustos são endereçadas felicitações ao progenitor da Biblioteca Fixa nº 26 (a mais antiga da Bairrada) e Autor Bairradino / Gandarês/ do Norte/ da Grande Galícia/ em suma, Universal.
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(*)falta a hora da cerimónia
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Breves sobre Carlos de Oliveira, com raizes em Febres. aqui
Belém (Pará) 10.08.1921 – Lisboa 1.07.1981.
Um dos iniciadores do movimento neo-realista. Escritor Gandarez. Poeta e ficcionista. Entre a sua bibliografia: Casa na Duna, Alcateia, Uma Abelha na Chuva e Finisterra (romances). Trabalho Poético, além de crónicas (O Aprendiz de Feiticeiro).
[Sérgio Micaelo Ferreira, temporariamente publicado por Altino]

MAIS FOTOS AÉREAS

Há mais uma dúzia de fotografias no álbum “ Bustos visto do céu”, cobrindo agora todos os lugares da freguesia. Já identificou a sua rua, a sua casa?

SECA

Segundo o “Jornal de Notícias” a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro poderá efectuar "cortes de água, por algumas horas diárias”. A notícia pode ser lida aqui.

VITÓRIA! VITÓRIA! (ou de como a UDB de todos nós derrotou os 2 Adversários)



SIM, é VERDADE! A UDB regressou ontem da nossa vizinha Galiza, de “ A Coruña”, com duas das três Taças de Campeão do VI Torneio Internacional de Fútbol de 7, organizado pelo A.D. PONTEPASAXE.
Sim, os parentes pobres da Europa, da Câmara e da Xunta, derrotaram estrondosamente os dois adversários que ousaram enfrentar a UDB na final !!

Como nós os vemos


SIM, os PEQUENOS/GRANDES pupilos do Dr. Fernando Vieira e do Nelson da Quinta Nova, do Vicente e do Noé de Bustos, do Espadilha e do Paulo Idílio do Sobreiro, do Hélder da Reizinha da Póvoa, do Carlos e da Mariza do Cabeço, onde também mora o Ti Manuel Brasileiro, do Alcides Pinhal que é da Caneira mas que casou com gente da Póvoa, da Sra. Zilda da rouparia e das limpezas e que é pau para toda a colher e que também é nossa e do Luís que eu não sei de onde é, mas mora aqui no coração de Bustos, que é de todos NÓS menos dos estrangeiros em quem todos confiámos e nos enganaram…

SIM – esses GRANDES HOMENS, que são filhos dos pais e das mães que os amam e nunca deixarão de amar nem quando a morte madrasta nos quiser separar - eles mesmos – os das Escolas e dos Infantis que os nossos irmãos vizinhos do norte desta Península à beira mar plantada chamam de Benxamins e Alevins,

SIM – NÓS TODOS, pela mão corajosa e firme do Fernando Vieira e com a ajuda do S. C. de Fermentelos, que ganhou a taça das Pré-Escolas…
DERROTÁMOS os tais 2 grandes adversários que eu digo já quem são mas vocês até estão a adivinhar mesmo que eles apareçam sob a capa da Espanha e da África do Sul, da Grécia e da Madeira (toma lá, Alberto João, que esta é só para ti, que te portas como um bicho do mato!),

SIM, nós os de Portugal que passou desde ontem a morar em Bustos e no coração dos que verdadeiramente o amam e não abandonaram, vencemos com todo o desportivismo na final dos Infantis e logo por uns contundentes 3 a 1, o Panathinaikos de Atenas da Grécia do Péricles, ali pertinho donde nasceu o grande Alexandre da Macedónia!
E ainda vencemos a final entre a equipa das nossas Escolas e o Paços de Brandão que é daqui mais ao norte, mas ainda é de Portugal, vitória que foi sofrida a penalties, por 8 a 7, que o Desporto dos Putos é um gozo!

SIM, vencemos os nossos amigos da bola. Em contrapartida, derrotámos esses dois em que estamos todos a pensar, o Presidente da Câmara e o da Junta, que assim apanharam com a maior bofetada de luva branca que o Fernando Vieira tinha bem guardada na bolsa dos valores de Bustos! Tomem que é para aprender!

SIM, agora já não têm cara para nos olhar de frente, porque os PEQUENOS/GRANDES HOMENS de BUSTOS foi isto mesmo que lhes fizeram: deixaram-nos definitivamente para trás!

Como eles nos vêm


Fiquem com o vosso passado de falsas promessas começadas em 2001 e ainda por cumprir 4 anos depois e que agora vocês vão querer emendar à pressa, antes que o Povo vos atire pró charco nas próximas eleições, que isto a vida é como um rodízio: nunca mais acaba!

Sabem
Vocês esqueceram muita coisa:
Que as nossas pernas cresceram
E o nosso corpo cresceu
E até o nosso coração ficou enorme
Mas - vocês sabem – a noite é enorme
Demos às aves os nossos olhos a beber
Não nos esquecemos de nada
Ficámos com as rosas
E deixamo-vos os espinhos

Boa noite. Nós fomos com as aves

(perdoa-me meu Eugénio de há tantos anos, meu amigo de cabeceira desde a noite dum Dia da Mãe, em 27 de Maio de 85. A eles – a esses, não! Faz como eu, que nunca lhes perdoarei!)

*

Oscar de Bustos

9 de julho de 2005

No que isto deu por causa do campo de futebol da UDB!


Na Corunha, as 2 equipas da UDB ganharam os jogos das eliminatórias do Torneio Internacional e vão à final, amanhã.
Mal chegados, espera-os o 1º Torneio Internacional de Futebol Jovem organizado pela UDB, que inclui 4 equipas nossas: Escolas A e B e Infantis A e B!


Nem uma linha no Jornal da Bairrada a anunciar o que quer que seja! Nem uma palavra de conforto e apoio da Sra. Câmara, salvo o autocarro que foi com eles e lá ficou desta vez para os trazer!
Adiante…
O meu Gonçalo (filho da última de muitas camas, a bem dizer) é o guarda-redes dos Infantis A, cuja equipa tem um verdadeiro craque, o Márcio Cavadas, que é da Póvoa do “Altino”.
Numa carta que o Fernando Vieira entregou ao Márcio no dia 18 de Junho após um torneio dos putos em Cacia, o Dótô chama ao Marcito "génio", "mago do futebol", "jóia da coroa", o "Ronaldinho Gaúcho do Bustos".
Aos dos Infantis A (12/13 anos) conheço-os a todos desde as Escolas como a palminha das minhas mãos, que os meus sábados há muito lhes são dedicados, como delegado aos jogos, condutor oficial da miserável carrinha da UDB que os transporta para todo o lado, apanha bolas, muda balizas, orienta sandes e pizas, assa febras e ensina a serem educados, organizados, arrumados e a curtir a vida. É um gozo, para eles e para mim!

Para azar dos 21.000 habitantes do concelho, a nossa Câmara não tem tempo para o Desporto Jovem. Limita-se a dar uns patacos aos clubes e a patrocinar uns equipamentos que nas costas dizem “Oliveira do Bairro cidade”. Desconfio que é por eu ter votado visceralmente contra o novo feriado municipal, escolhido a dedo pelo Dr. Gala para coincidir com a data da publicação no Diário da República da elevação da vila de Oliveira do Bairro a cidade e das povoações de Bustos, Mamarrosa, Palhaça e Troviscal a vilas, votação essa que aconteceu numa Assembleia Municipal que até teve lugar no dia 11/12/2003, “no Salão Nobre da Sede da Junta de Freguesia de Bustos”…! (1)

Ninguém os vê envolvidos no apoio e dinamização do futebol das Camadas Jovens. Sabem lá o que isso é! Como diz o Altino, nem à Corunha foram para aprender in loco como se apoia, dinamiza e investe a sério nas infra-estruturas mais básicas do Desporto Jovem. Não têm pinta nenhuma.

Cá os esperamos quando vierem para a rua na próxima campanha eleitoral, a jurar que agora é que vai ser e que o Povo de Bustos está enganado, são mas é uns rebeldes, sempre do contra e por isso é que muitos foram parar à pildra e foram torturados, depois de denunciados por uns padres e outros senhores bem postos, bem feito, deviam é estar caladinhos e limitar-se a levantar o braço no ar sem saber o que estão a votar, que eu é que sei tudo e não estou para ouvir ninguém, nem as associações nem os meus adjuntos, que estão cá porque a escravatura é para isso mesmo que foi inventada, eles são uns burros e eu é que sou o bom.

E vivam os doutores e engenheiros (de médio e longo curso) do quero, posso e mando, à moda da Fátima Felgueiras, do Avelino Ferreira Torres e do Alberto João Jardim e daquele gajo esperto de Oeiras, porque se eles ganham nas urnas é porque o povo os quer lá e, coitadinhos, atão não hão-de poder puxar um bocadinho para eles, se fazem ou ajeitam tantas estradas e rotundas e uns passeios e jardins à volta das igrejas todas do concelho, capelas e basílicas, que é disso que o meu povo gosta!
Deixá-los...

É pessoal! Vamos todos ao 1º Torneio Internacional da UDB, a partir de 5ª feira da próxima semana (de 14 a 17) no velhinho “Campo Dr. Santos Pato” ! É hora de apoiar quem muito deu e está a dar pela União entre os Canecas e os Gavetas, que não é só o Dótô, também são o Manuel Brasileiro, a Sra. Zilda da rouparia e das limpezas e que é pau para toda a colher, o Hélder da Reizinha, o genro Carlos e a filha Marisa, o Espadilha, o Noé, mais os treinadores Nelson, Paulo Idílio, Vicente, Luís e Alcides Pinhal e mais uns pais e até mães, que todos não somos demais para continuar Bustos!

*

(1) Curiosa coincidência: nessa célebre sessão da Assembleia Municipal, eu e toda a restante oposição, a uma só voz (subscrevemos uma proposta conjunta de 6%, que foi derrotada), votámos contra a fixação da taxa do novo IMI (antiga Contribuição Autárquica), taxa essa que, no seguimento da proposta apresentada pela Câmara, toda a maioria CDS aprovou pelo máximo permitido por lei (0,8%), com os desastrosos resultados que agora estamos a ver e a sentir...

Oscar Santos

8 de julho de 2005

DO CÉU

“Bustos Visto do Céu “ é o título de mais uma pasta de fotografias inserida no nosso álbum (in secções). São fotografias aéreas retiradas do “Google Earth” por Alexandre Duarte. A não perder.

6 de julho de 2005

UDB ORGANIZA 1º TORNEIO INTERNACIONAL DE FUTEBOL JOVEM

Com o dr. Fernando Vieira a dirigi-la e o muito empenho dos responsáveis pelas camadas jovens, esta dinâmica equipa directiva da UDB não esteve pelos ajustes: respondeu ao 2º convite seguido do clube galego “Ponte Pasaxe”, de Culleredo, perto da capital da Galicia, que eles chamam de “A Coruña”. O patrocínio é da “Conselleria de Deportes do Consello de Culleredo”. Tal como cá, já se vê.
O orgulho bustuense e a vontade de mostrar obra lançaram a UDB neste arrojado projecto. Calma aí, eu disse “obra” e não obras, que estas só se for pedinchando esmolas, porta a porta, ou então… esperando pelo sapatinho de Natal.
Ao VI TORNEO INTERNACIONAL DE FÚTBOL 7 organizado pelo A.D. PONTEPASAXE, a UDB responde com o inédito desafio do seu 1º TORNEIO INTERNACIONAL de FUTEBOL DE 7.
Amanhã, pelo nascer do sol, partem 24 das nossas esperanças, enquadradas por outros 24 acompanhantes: metade dos 24 pequenos heróis do Bustos são (falando o lindo galego) BENXAMINS (9/10 anos, correspondentes às nossas Escolas; a outra metade são ALEVINS (11/13 anos, a que chamamos Infantis). Nos acompanhantes, além de muitas mamãs e alguns papás, estão incluídos Directores, 4 sacrificados e empenhados Treinadores, 1 Massagista para recuperar a malta e um trio de Arbitragem. Desta vez, vá lá, a Câmara disponibilizou um autocarro a tempo inteiro, que o ano passado o pessoal teve de se desenrascar.
Comecemos por eles, os nossos simpáticos parentes ricos do norte:
Uma dúzia de km separa Culleredo (o campo é em “O Burgo”) da capital da Galiza, para lá do Minho fronteiriço. Quase o mesmo nos separa da nossa capital concelhia.
Irmãos dos galegos? Nem meio irmãos. Somos uns pobretanas parentes deles e já vão perceber porquê.
Na Galiza, os nossos (tal como o ano passado) vão ficar num complexo (um Colégio) que só tem 240 quartos de 2 camas e até individuais, todos com banho privativo, um refeitório para 1200 pessoas, 8 piscinas, outros tantos campos de fútbol, metade de basket, 7/8 courts de ténis, 1 mini golfe relvado (16 buracos), tudo num enorme parque cercado, com guardas privativos e tudo. Cá fora, parques verdes e zonas pedonais a acompanhar a ria de Culleredo, que vai desembocar no mar junto à capital da Galiza.
Quanto a nós, o 1º Torneio da UDB tem lugar entre 14 e 17 de Julho, no “Estádio Dr. Santos Pato”, ali no Sobreiro do radioso Plano de Pormenor. Quem não conhecer a vergonha que é o nosso campo da bola até pode pensar que, em vez duma vila, somos uma cidade.
A equipa do “A.D. Ponte Pasaxe” e a do vizinho “O Burgo” participam no torneio e serão recebidas de acordo com a qualidade e dimensão das nossas infra-estruturas, ou seja, bem à portuguesa. São 42 os jovens atletas dos escalões das Escolas e Infantis e 30 os acompanhantes que irão atravessar o rio Minho. Valha-nos, que eles já conhecem Paços de Brandão, pelo menos.
Os jovens da Corunha dormirão todos no Colégio do Sobreiro, em… sacos-cama.
Parte dos acompanhantes ficarão nas Residenciais Paraíso (Oliv.ª do Bairro), Cruzeiro (Oiã) e Ferpenta (Fermentelos), mas ainda sobram uns sacos-cama para alguns menos afortunados.
Claro que a Direcção da UDB prepara uma recepção condigna e tudo fará para fazer esquecer a vergonha do nosso parque desportivo. E o Colégio do Sobreiro ali tão perto, com um alforge humano que ultrapassa os 1.000 alunos…
Depois admiram-se da revolta dos sacrificados dirigentes da nossa UDB.
Mas estejam descansados: as eleições autárquicas são já em Outubro e estão na forja os programas eleitorais, a prometer mundos e fundos: é agora que vai o Parque Desportivo, a Feira, o Bairro Económico do Cabeço e, lá me ia eu esquecer, a Recuperação dos Barreiros de Bustos (uma história cujos meandros ainda repousam no segredo de Deus).
Tenhamos fé. Não foi das outras duas vezes anteriores, mas desta é que vai ser mesmo, está prometido pela alma de quem lá temos: com tantas obras, projectos, investimentos e aquisições patrimoniais que nos esperam no próximo mandato, Bustos ainda vai ser a capital do “Concello” de Oliveira do Bairro!